A organização criminosa alvo de uma operação da Polícia Federal em Campinas (SP) nesta quarta-feira (28), e suspeita de movimentar R$ 7,5 bilhões em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, criou um sistema sofisticado para movimentar os recursos.
O blog apurou que, mais do que desenvolver uma forma de ocultar os crimes, a quadrilha investigada criou um verdadeiro "serviço" para atender às demandas ilegais. Uma "fórmula" para facilitar a vida de criminosos interessados em ocultar recursos de origem ilegal e burlar qualquer rastreio.
Nesta quarta, a PF prendeu 17 pessoas e fez buscas com aval da Justiça Federal para interromper o esquema. O volume de dinheiro movimentado assustou até mesmo os investigadores.
Na prática, funcionava assim:
a quadrilha oferecia um "serviço" para ocultar a transferência de dinheiro entre duas pessoas que, por estarem envolvidas em irregularidades, não queriam deixar "rastro" na transação;
duas "fintechs" (startups financeiras), que operavam sem autorização do Banco Central, abriam contas em bancos oficiais;
na prática, as fintechs faziam a transferência "em nome" dos criminosos – e era o nome das empresas que aparecia no extrato bancário.
Investigadores disseram que o esquema abasteceu uma grande facção criminosa. E servia para dar aparência legal a dinheiro proveniente do crime, que se valia do sistema de forma repetitiva para esconder a origem do dinheiro.
O blog apurou que isso criava "contas escondidas" no Sistema Financeiro Nacional.
Gerentes e executivos das instituições financeiras devem ser ouvidos pela PF, nos próximos dias, para aprofundar as apurações.
Fonte: Blog da Camila Bom Fim
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