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quarta-feira, junho 12, 2024

Alvo da PF, presidente do Solidariedade é considerado foragido; ele tinha viagem marcada, mas não foi ao aeroporto



O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (12), é considerado foragido pela corporação.


Eurípides não foi encontrado em casa pelos agentes. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto.


A operação mira desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023.


Ao todo, agentes foram às ruas cumprir sete mandados de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal.


Além de Eurípides, foram alvos dos mandados de prisão:


Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Ela foi presa.

Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal. Também foi preso.

Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital do Distrito Federal.

As apurações começaram a partir de uma denúncia feita por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que foi presidente do PROS. Ele acusou o ex-dirigente do partido Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões.


Na operação desta quarta, os policiais tentam bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.


Helicóptero apreendido

Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie (veja na imagem acima).


Também foi apreendido, em Goiânia, um helicóptero registrado em nome do PROS. A aeronave teria sido adquirida com recursos públicos desviados dos fundos do partido. O helicóptero teria custado R$ 2,4 milhões (veja na imagem abaixo).


A aeronave, modelo R66, estaria sendo usada somente pra fins particulares do presidente do Solidariedade, Eurípedes Junior. Ele também emprestava o helicóptero para amigos e familiares, segundo os investigadores.


Investigações sobre a filha de Eurípedes

As investigações também apontam que que há indícios de que a ex-vice-presidente do partido PROS e atualmente secretária-executiva do Solidariedade, Jhennifer Hanna, obteve viagens internacionais, bolsas de estudo e cargos com dinheiro desviado do partido. Jhennifer é filha de Eurípedes.



A investigação também aponta que Jhennifer tem um patrimônio que não condiz com seus ganhos.


"A autoridade policial destacou que há indícios de que a investigada leva um estilo de vida social incompatível com seus rendimentos declarados. Além disso, existe a suspeita de que ela tenha sido beneficiada com cargos, bolsas de estudos e viagens internacionais custeadas com recursos do partido e da fundação do partido", afirmou o juiz Lizandro Garcia, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, que autorizou a operação.


"Esses detalhes indicam possíveis irregularidades relacionadas à conduta da investigada e ao uso indevido de recursos partidários", continuou o magistrado


Fonte: g1

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