O homem preso em Natal nesta quarta-feira (24) suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras na cidade de Assú, na Região Oeste potiguar, na terça-feira (23) é servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.
O suspeito, de 41 anos, foi detido em flagrante ao chegar a um dos imóveis dele na capital potiguar. Assim que entrou na garagem do prédio, ele foi abordado por policiais civis, que efetuaram a prisão.
A Inter TV Costa Branca procurou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para comentar sobre o caso, mas não teve retorno até a atualização mais recente desta matéria.
Dentro do carro do suspeito, os policiais e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) encontraram uma bolsa com três facas, duas soqueiras e uma pistola com sangue.
Antes mesmo da chegada do suspeito, as equipes já realizavam uma perícia no apartamento dele. No local, foi encontrado, inclusive, o celular da psicóloga, que estava destruído e no lixo, envolto em um quimono.
"A gente conseguiu puxar o IMEI [código de identificação do celular] desse aparelho e foi identificado pela autoridade policial que se tratava do celular da vítima", explicou o perito criminal do Itep, Moab Araújo.
'Pegar conteúdo do celular'
Para o delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa em Natal (DHPP), roubar o celular da vítima era um objetivo do suspeito, que entrou em contato através das redes sociais.
O delegado informou que o suspeito queria saber a relação da vítima com a ex-companheira dele.
"O intuito dele, tudo indica, que foi buscar esse celular, que ele trouxe pra Natal e destruiu, para pegar o conteúdo. Para saber qual o tipo de relacionamento que tinha com a ex-companheira dele", explicou.
O delegado municipal de Assú, Valério Kurten, explicou que não foi possível confirmar qual a relação exata que tinham o suspeito e a vítima. Segundo ele, é possível confirmar ao menos que eles se conheciam.
"A gente apreendeu o celular do suspeito, e eu vou representar pela extração de dados", explicou o delegado. "Eles se conheciam, porque no momento em que ele adentra à clínica dela, ela abraça ele. Então se vê que há um gesto afetivo", completou.
Fragmentos de sangue no apartamento
A perícia ainda encontrou fragmentos que podem ser de sangue na escada do prédio e dentro do apartamento do suspeito. O material foi coletado e enviado para análise em laboratório, que vai definir se os fragmentos de fato são de sangue e tentar identificar o perfil genético do material.
O delegado Valério Kurten explicou ainda que o suspeito contratou por R$ 500 um motorista que era amigo da família para viajar de Natal até Assú, 240 quilômetros distante. A alegação dele ao motorista era de que tinha uma consulta psiquiátrica para fazer na cidade.
Psicóloga foi morta em casa
Fabiana Maia Veras foi encontrada morta dentro da casa onde morava e onde também realizava seus atendimentos em Assú. O crime aconteceu por volta das 16h30 e o corpo dela foi encontrado às 18h30, por uma funcionária.
Segundo a polícia, o corpo estava amordaçado, amarrado e com marcas de cortes de arma branca.
Imagens de câmera de segurança foram colhidas pelos investigadores e, por meio delas, a polícia identificou que o suspeito de cometer o crime chegou ao imóvel por volta das 16h30, encapuzado, com máscara e luvas. Eles conversaram e depois entraram.
Segundo a polícia, a profissional não tinha consultar marcadas no horário em que o homem chegou.
Fonte: g1
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