Os fraudadores que invadiram o sistema de pagamentos da União, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), conseguiram acessar ordens bancárias de diversas entidades e alterar dados dos beneficiários das emissões, desviando, em uma série de operações, dinheiro público por meio de um mecanismo que se assemelha ao pagamento via Pix, portanto, de débito automático, o OBpix.
Segundo relatório de órgão que acompanha o caso obtido pelo blog, ao identificar a fraude, o Tesouro passou a exigir licenças diferenciadas para a emissão de ordens de pagamento – e descredenciou a modalidade escolhida pelos bandidos, a OBpix.
Ainda depois da invasão dos sistemas, que ocorreu durante a Páscoa, o Siafi só libera ordens bancárias tradicionais.
A atuação dos invasores foi revelada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e confirmada pela TV Globo.
Ainda segundo informação apurada pelo blog, a Secretaria do Tesouro Nacional chamou uma reunião com diversos órgãos ordenadores de despesas no dia 12 de abril para informá-los de que o Siafi havia sido alvo de uma invasão.
Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigam a fraude. O Tribunal de Contas da União também prepara auditoria sobre o caso.
Em nota, o Tesouro Nacional afirmou que o episódio não configurou uma invasão, mas sim "uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. As tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema."
Disse, ainda que tomou medidas que incluem a "implementação de ações adicionais para reforçar a segurança do sistema".
"O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações."
Fonte: Blog da Daniela Lima
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