Uma empresa que atuou na engorda da praia de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, foi a vencedora da licitação realizada pela Prefeitura de Natal para o projeto de alargamento da praia de Ponta Negra, onde fica o Morro do Careca, principal cartão postal da cidade.
O resultado do processo foi oficializado nesta quarta-feira (10) e publicado no Diário Oficial do Município. O Consórcio DTA-AJM apresentou a proposta mais barata entre os três concorrentes, no valor de R$ 73,7 milhões.
Entre as obras do portifólio divulgado no seu site, a DTA Engenharia, sediada em São Paulo, tem o alargamento da praia central de Balneário Camboriú e a dragagem de aprofundamento do Porto de Santos.
O consórcio vencedor deverá atuar na execução de obras de "drenagem e aterro hidráulico para preenchimento artificial da praia de Ponta Negra", além de complementação do calçadão da orla interligando a estrutura à orla da Via Costeira.
De acordo com a Prefeitura de Natal, a previsão é de que a obra seja iniciada em até 90 dias e leve outros 90 dias para ser concluída.
Antes de começar a engorda da praia, a empresa ainda deverá apresentar os projetos executivos ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e receber a licença ambiental necessária. Uma licença prévia, que permitiu a realização da licitação, foi emitida em julho de 2023.
A estimativa do município é de que serão usados 1,1 milhão de metros cúbicos de areia, tirados de um banco de areia no mar, perto da costa, para alargar a praia ao longo de 4 quilômetros.
Segundo a prefeitura, a expectativa é de que a faixa de areia da praia fique com até 100 metros de largura na maré baixa e 50 metros na maré cheia.
A prefeitura também aponta o alargamento da praia como uma das medidas necessárias para conter a erosão do Morro do Careca. Apesar disso, em Balneário Camboriú, a erosão do mar acabou "engolindo" 70 metros da área alargada, em 2023, cerca de dois anos após a obra.
O projeto de Natal preocupa pescadores que atuam em Ponta Negra. Representantes dos trabalhadores temem impactos sociais, por não saberem se poderão trabalhar durante as obras, além de impactos ambientais.
Fonte: g1
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