O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Souza Oliveira, disse nesta quinta-feira (4) que a abordagem aos dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, realizada numa ponte em Marabá, no Pará, foi estratégia para evitar áreas de escape e reação.
"Desde a troca das informações, a gente vai monitorando os veículos e, quando chega naquele trecho, onde as zonas de escape são menores, a possibilidade de reação é mínima, a gente faz a operação buscando sempre o que a gente fez (...). Para nós, uma operação de sucesso é essa que foi feita hoje. Não há reação, não há vítimas, nenhum tiro, isso é o que a gente busca", disse.
Souza disse, ainda, que a PRF tinha recebido informações, desde a fuga — há 50 dias —, de que a dupla estava armada. Por isso, tiveram cautela na abordagem. A declaração foi dada durante entrevista exclusiva à GloboNews.
"A gente já tinha informações, e foi confirmado na abordagem, deles estarem armados desde lá em Mossoró, desde quando eles começaram a ter contato com redes de contatos deles. E já existia a suspeita deles terem recebido apoio e recebido armamento. Tanto que o nosso nível de atenção nas abordagens, a recomendação era de aumentar o nível de atenção já tinha chegado lá", completou.
Recaptura
A dupla foi capturada na tarde desta quinta, numa operação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
Marabá, no Sudeste do Pará, fica a mais de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró. Um trajeto em "linha reta" entre as duas cidades passa por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto, pelo Norte do Tocantins.
A operação envolveu o monitoramento de três veículos que, segundo as investigações, davam cobertura à fuga — ao todo, seis pessoas foram presas nos três carros. Um dos foragidos foi capturado pela PF, e outro, pela PRF.
Com o grupo, foram apreendidos um fuzil com dois carregadores, dinheiro e oito celulares
Integrantes do Comando Vermelho, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham fugido do presídio no dia 14 de fevereiro.
Foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Fonte: g1
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