Convidado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a deixar o Republicanos e migrar para o PL, de olho na sucessão presidencial de 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou que vá fazer qualquer movimentação política antes da eleição de outubro.
Em entrevista na Sala São Paulo ao lado de secretários, onde lançou uma série de programas voltados às mulheres, Tarcísio afirmou nesta sexta-feira (8) que o momento é de foco no pleito municipal de outubro.
"Não tenho previsão de sair por ora. Estou satisfeito no Republicanos e nós temos um time. A ideia por agora é cuidar desse time. Esse time tem o Republicanos, tem o PL, tem PSD, tem PP e MDB. Tem também o Podemos. São os partidos que estão conosco e esses partidos e a gente espera ter um grande resultado no final do ano", declarou o governador.
O blog apurou com secretários próximos a Tarcísio que, embora a pressão da família Bolsonaro seja grande para a migração para o PL ainda nessa janela partidária, o governador foi aconselhado por nomes como Gilberto Kassab, presidente do PSD, a fazer a troca de partido apenas depois do pleito de outubro.
O objetivo de retardar a movimentação política agora é não melindrar os partidos dessa aliança ampla que tem se formado para eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores no estado de SP nas eleições.
Entre os nomes apoiados nessa aliança é do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Kassab também teria orientado Tarcísio a não atrair os precipitadamente os holofotes de uma possível candidatura presidencial, com o cenário ainda turvo e uma indecisão sobre o futuro de Jair Bolsonaro nas ações judiciais que enfrenta.
"Embora as últimas pesquisas tenham trazido Tarcísio como o nome mais forte até agora para herdar o capital do inelegível Bolsonaro para 2026, fazer esse movimento precipitado agora seria contratar as atenções dos adversários muito antes do necessário. [As eleições de] 2026 ainda estão longe e tem uma eleição municipal no caminho. É preciso saber o tamanho que o bolsonarismo e o petismo sairão das urnas antes de se adiantar", comentou um secretário.
"O que a gente tem acompanhado é que a gente irá sim, muito bem [na eleição de outubro] como time. A gente é de grupo, de time. E vamos cuidar do time como um todo. Esse time cabe todos os partidos que estão agora conosco", declarou Tarcísio nesta sexta-feira (8).
Segundo assessores palacianos, o principal incômodo de Tarcísio com o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, é com a proximidade que a legenda tem tido com Lula e o PT.
Em outros governos petistas, a sigla teve ministros tanto nas gestões de Lula quanto de Dilma Roussef.
Fonte: Blog da Julia Duailibi
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