Integrantes da Polícia Federal (PF) apontam um aspecto que dificulta as buscas pelos dois fugitivos em Mossoró, se comparado com o trabalho feito na caçada ao maníaco Lázaro Barbosa de Sousa, que também impôs grande desafio às autoridades públicas. Responsável por uma série de assassinatos, Lázaro passou 20 dias escondido na mata antes de ser encontrado e morto com 38 tiros, em Águas Lindas de Goiás, em 2021.
A principal diferença ocorre no quesito alimentação. Para comer, Lázaro invadia propriedades rurais e, por mais de uma vez, teve embates com forças de segurança que o perseguiram. Dessa forma, o maníaco deixava rastros.
No caso de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, os dois foragidos de Mossoró, a área agrícola tem contribuído para o êxito da fuga até o momento. No local, é possível encontrar frutas, como mangas, melancias e melões, com facilidade.
Dessa forma, os fugitivos conseguem se alimentar sem a necessidade de invadir propriedades privadas com a mesma frequência com que Lázaro se via obrigado. Assim, a dupla reduz denúncias sobre seu paradeiro. A PF continua fazendo as buscas em um perímetro delimitado, pois acredita que os bandidos não deixaram a região.
Vento e chuva
O solo da região também favorece os foragidos. Buracos podem ser cavados no chão para servir como esconderijo caso as forças policiais se aproximem. As chuvas e a ação do vento ajudam a apagar rastros e dificultam a captura.
Vinte integrantes da PF que participaram da caçada ao maníaco estão entre os envolvidos nas buscas a Deibson Nascimento e Rogério Mendonça.
A procura completa 28 dias nesta quinta-feira (12/3), ultrapassando o período da caçada a Lázaro. Além da PF, participam das buscas agentes da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Civil e Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
As forças de segurança oferecem recompensa de R$ 30 mil por informações sobre os dois foragidos, que são ligados ao Comando Vermelho.
Fonte: Metrópoles
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