O melão fresco superou o petróleo (fuel oil) e voltou, no mês de fevereiro, a ser o produto do Rio Grande do Norte mais exportado para o mercado internacional. O fato não ocorria desde 2022.
O dado está presente na edição mais recente do Boletim da Balança Comercial do RN, do Sebrae-RN, que é baseado na Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
Em fevereiro, as remessas de melão ultrapassaram 19 mil toneladas, um aumento de 29,8% em comparação com o mesmo mês em 2023. O volume negociado foi na casa dos US$ 13,8 milhões.
Nos dois primeiros meses de 2024, o RN exportou 40 mil toneladas da fruta para o mercado externo, principalmente para Espanha, Países Baixos e Reino Unido, em negociações na casa dos US$ 29 milhões. Em todo 2023, foram 157,3 mil toneladas.
"Desde 2019 que o estado se consolidou como o maior exportador de fruta do Brasil. São várias empresas potiguar, empresas internacionais, produzindo frutas aqui no estado", avaliou o secretário de Agricultura do Rio Grande do Norte, Guilherme Saldanha.
Melancia, mamão: exportações no geral crescem
Em fevereiro deste ano, o boletim apontou que as exportações somaram mais de US$ 45,6 milhões, o que representa um aumento de 29,8% em relação a fevereiro do ano passado, quando o volume de exportações chegou a US$ 35,2 milhões.
O número, no entanto, é menor se for comparado a janeiro. Houve uma retração das exportações potiguares de 35,6%.
O valor acumulado das exportações no primeiro bimestre deste ano é US$ 116,5 milhões, que é 4,8% maior que o acumulado no mesmo intervalo do ano passado.
Completam a lista dos cinco principais itens - liderados pelo melão - dos produtos mais exportados, de acordo com o boletim, em fevereiro:
o gasóleo (óleo diesel) - US$ 9,6 milhões;
outros açúcares de cana - US$ 5,5 milhões;
as melancias frescas - US$ 4,3 milhões; e
os mamões papaias - US$ 1,3 milhão.
Até janeiro, o produto mais exportado era o óleo de petróleo combustível (fuel oil), porém esse item não figurou na relação das exportações do mês de fevereiro, segundo o Sebrae.
Os principais países destino das exportações foram:
Estados Unidos;
Espanha;
Países Baixos (Holanda); e
República Dominicana.
"A gente tem observado e tem acompanhado de perto, e temos sido parceiros do produtor rural, do exportador de fruta. Afinal de contas, essa oportunidade gera um infidável número de empregos, de oportunidades, de renda", disse o secretário de Agricultura do RN, Guilherme Saldanha.
Outras gasolinas, queijos: importações aumentam
As mercadorias importadas somaram US$ 24,6 milhões, um avanço de 41,6% em relação a fevereiro de 2023.
As principais mercadorias que contribuíram para esse crescimento foram:
outras gasolinas, exceto para aviação, com um total de mais de US$ 11,8 milhões;
o coque de petróleo não calcinado (US$ 1,8 milhão);
queijo tipo mussarela fresco (US$ 703,9 mil);
caixas de papel ou cartão ondulados (US$ 417,3 mil).
Os principais países de origem das importações foram Estados Unidos, China, Espanha, Argentina e Espanha.
Considerando janeiro e fevereiro, o volume de importação chega a US$ 82,2 milhões, uma elevação de 114,7% em relação ao mesmo período em 2023 (US$ 38,3 milhões).
Corrente de comércio e balança comercial
Com esses resultados, a corrente de comércio do estado, que é calculada pela soma das exportações e importações, chegou em fevereiro a US$ 70.223.025.
Já a balança comercial do Rio Grande do Norte encerrou o mês com um superávit de mais de US$ 21 milhões.
Fonte: g1
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