Os comandantes das forças especiais que participam das buscas Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro, convenceram o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a manter a operação de caçada ainda com força total.
Os argumentos são de que não há nenhum indício de inteligência apontando que os dois tenham furado o cerco de buscas. As investigações demonstram que a dupla perdeu suporte de outros criminosos após várias prisões ocorridas desde a fuga.
Também não há suspeita de que eles tenham conseguido outros aparelhos de celular. Membros da força-tarefa dizem que pessoas próximas, parentes e criminosos ligados a eles não conseguiram fazer mais contato.
O ministro teve uma reunião com a equipe de buscas nesta quarta-feira (13) e, segundo fontes ouvidas pelo g1, ele queria saber das expectativas reais de captura. “Ele veio sentir o terreno”, falou um dos presentes no encontro.
Confiança na captura
Os comandantes das forças especiais reafirmaram que estão certos de que os fugitivos estão na região. Argumentaram que estão trabalhando com as melhores equipes e com os melhores cães farejadores. Também contaram ao ministro que os cães têm dados sinais de que a dupla de criminosos continua dentro do cerco.
“O ministro entendeu toda dificuldade do trabalho nesta região de mata fechada. Fizemos um sobrevoo com ele”, disse outra fonte que participa da operação de busca.
Por ora, portanto, a missão caçada continua com força total. Sem redução de equipes, de esforços, nem de investimentos para a recaptura.
Buscas
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro, na primeira fuga da história do sistema prisional federal, criado em 2006. Desde então, equipes tentam localizar e recapturar a dupla.
A última vez em que os dois foram vistos foi no dia 3 de março, em uma fazenda em Baraúna. Nas últimas semanas, as buscas se concentraram na zona rural do município, que faz limite com Mossoró.
As equipes de busca das operações especiais do Bope, da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, chegaram nesta área na noite de segunda-feira (11). Os cães farejadores ficaram agitados e detectaram a presença humana em uma área de mata na terça (12).
No domingo (10), a força-tarefa que atua nas buscas pelos foragidos ampliou o raio de buscas e realizou uma operação no assentamento Vila Nova 1, na zona rural de Baraúna, no Oeste potiguar.
O assentamento fica localizado a aproximadamente 9 km do local onde os fugitivos foram vistos pela última vez, no assentamento Vila Nova 2, também em Baraúna, ao saírem de uma plantação de banana. A polícia havia concentrado as buscas na região nos dias seguintes à aparição da dupla.
Força Tarefa
Simulações divulgadas pela Polícia Federal no início desta semana mostram possíveis aparências e disfarces dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró , no Rio Grande do Norte.
Segundo a Polícia Federal as projeções de crescimento de cabelo, barba e uso de disfarces foram elaboradas por papiloscopistas do setor de Representação Facial Humana do Instituto Nacional de Identificação (INI) da PF, em Brasília
Ainda de acordo com a corporação, a divulgação das imagens visa facilitar o trabalho de buscas e o apoio da população com informações sobre os fugitivos. A corporação já anunciou recompensa de até R$ 30 mil para quem repassar informações que levem à recaptura dos foragidos.
Fonte: g1
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