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sexta-feira, março 15, 2024

Desânimo de Bolsonaro após perder eleições de 2022 foi porque ele não conseguiu aplicar golpe de Estado



Após o levantamento de sigilo dos depoimentos de militares e civis ouvidos no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado arquitetada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), fontes que colaboram com as investigações avaliam que o ex-presidente estava mais inconformado com a falha na tentativa de se manter no poder do que irritado com a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.


"Ele não ficou triste porque perdeu as eleições, mas porque não conseguiu da o Golpe como queria", segundo a fonte que colabora com as investigações disse ao blog.

Investigação da Polícia Federal junto com os depoimentos de investigados colocam Bolsonaro no centro da trama golpista, apontando que o ex-presidente não só sabia das minutas para impedir a posse de Lula como as discutiu com os chefes das Forças Armadas.


O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou nesta sexta-feira (15) o sigilo dos depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado. A investigação, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, ouviu, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros de seu governo e ex-comandantes militares.


Após a derrota para Lula nas eleições de 2022, a investigação da PF afirma que Bolsonaro ficou recluso no Palácio do Alvorada, sem reação para adotar qualquer medida para tentar reverter o resultado das eleições. No entanto, esse cenário foi se alterando a medida que o então presidente foi recebendo pressões e instigado por políticos, amigos e militares da ativa e da reserva a adotar uma conduta para reverter o cenário posto, fato que culminou com a tentativa de Golpe de Estado.


Ele faz a primeira aparição a apoiadores na frente do Palácio do Alvorada em 9 de dezembro de 2022, quando fez discurso para manter a esperança dos apoiadores. Naquele momento, muitos estavam acampados em frente aos quarteis.


Bolsonaro queria desabafar e chamou o general Estevam Theophilo para "conversar", segundo a investigação. Neste mesmo dia 9 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro fez ajustes para "enxugar" a minuta do golpe, mensagem enviada pelo ex-ajudante de ordens Maurco Cid ao ex-comandante do Exército Freire Gomes diz: "E o que ele comentou de falar com o general Theóphilo. Na verdade, ele quer conversar".


Em seu depoimento à PF, Theophilo alegou que neste encontro, Bolsonaro teria feito "lamentações" e que ele teria ficado apenas ouvindo.


Fonte: Blog da Andréia Sadi

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