As relações entre Brasil e Israel são fortes, mas a fala de Lula comparando a situação em Gaza ao Holocausto nazista gera "desconforto internacional", avaliou Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e diplomata. Em razão da gravidade das declarações do presidente, a reação de Israel foi imediata e exigiu uma "medida drástica": a convocação do embaixador brasileiro para uma repreensão.
"É uma situação delicada. Eu não creio que esse incidente possa afetar as relações entre o Estado de Israel e o Estado brasileiro, porque há muitos interesses em jogo, inclusive na área de Defesa", afirmou Barbosa, em entrevista à GloboNews (veja no vídeo acima), neste domingo (18).
"Na minha opinião, acho que o Brasil tem que se manter equidistante e implementar a política tradicional brasileira, que é a favor dos dois estados, a favor da defesa do povo palestino, mas não entrar nesses ataques a Israel", completou o diplomata.
Lula falou de improviso, e o Itamaraty não compartilha da opinião do presidente, analisou Barbosa. "Quando ele fala de improviso, nós vimos isso nos outros pronunciamentos, que também ele criticou o primeiro-ministro, chamou de insano, classificou de genocídio, ele não estava lendo, ele estava falando", pontuou. Para Barbosa, neste domingo, o presidente "passou da linha vermelha" ao criticar o Estado de Israel.
Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.
As relações entre Brasil e Israel são fortes, mas a fala de Lula comparando a situação em Gaza ao Holocausto nazista gera "desconforto internacional", avaliou Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e diplomata. Em razão da gravidade das declarações do presidente, a reação de Israel foi imediata e exigiu uma "medida drástica": a convocação do embaixador brasileiro para uma repreensão.
"É uma situação delicada. Eu não creio que esse incidente possa afetar as relações entre o Estado de Israel e o Estado brasileiro, porque há muitos interesses em jogo, inclusive na área de Defesa", afirmou Barbosa, em entrevista à GloboNews (veja no vídeo acima), neste domingo (18).
"Na minha opinião, acho que o Brasil tem que se manter equidistante e implementar a política tradicional brasileira, que é a favor dos dois estados, a favor da defesa do povo palestino, mas não entrar nesses ataques a Israel", completou o diplomata.
Lula falou de improviso, e o Itamaraty não compartilha da opinião do presidente, analisou Barbosa. "Quando ele fala de improviso, nós vimos isso nos outros pronunciamentos, que também ele criticou o primeiro-ministro, chamou de insano, classificou de genocídio, ele não estava lendo, ele estava falando", pontuou. Para Barbosa, neste domingo, o presidente "passou da linha vermelha" ao criticar o Estado de Israel.
Lula deu as declarações durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou nos últimos dias da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.
Fonte: g1
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