A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) divulgou uma nota em que se posiciona sobre as acusações feitas pelo secretário de Administração do RN, Pedro Lopes. Neste sábado, a federação esclareceu sobre a inflação de janeiro e caracterizou os comentários do titular da pasta como de “má-fé”.
Em nota, a FIERN esclareceu sobre os números da inflação de janeiro e classificou o IPC (índice de preços aos consumidor) com “a menor variação desde o ano de 2020 e a 4º menor da série histórica iniciada nos anos 2000”. A Federação apresentou uma análise sobre a inflação no mês de janeiro e esclareceu que as variações podem ser acarretadas devido ao período de turismo intensificado.
Diante da publicação de Pedro Lopes, a FIERN descreveu que: “O Secretário de Administração usou de má-fé ao dizer que ‘os empresários ficaram com o dinheiro do ICMS’, induzindo conclusão falsa acerca da causa desta inflação do mês de janeiro. Vale lembrar que quem paga o imposto é o consumidor, a indústria arrecada e repassa aos entes públicos”.
Além disso, diante das acusações feitas pelo secretário, a federação ressaltou o seu papel de fomentar e desenvolver a economia potiguar. “A missão maior desta Federação é a defesa da indústria potiguar e o compromisso com o desenvolvimento econômico, social e ambiental do RN”, afirmou em nota.
Nota de Esclarecimento sobre a inflação de janeiro e o posicionamento do Secretário Estadual de Administração
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) vem a público diante das inverdades divulgadas em rede social neste sábado (17) pelo Secretário Estadual da Administração, Sr. Pedro Lopes, autoridade responsável por tão importante pasta do Governo que deveria, por dever de ofício, primar pela verdade no que diz respeito às informações econômicas do Estado.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é um indicador fundamental para compreender a inflação no município de Natal, sendo publicado mensalmente desde o ano 2000 pelo IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. É importante ressaltar que o IPC é um índice referente apenas à capital, e não abrange outras regiões do Estado. Na história do indicador nunca houve um mês de janeiro em que se pôde constatar deflação (redução abaixo de zero).
Neste sentido, o IPC divulgado pelo IDEMA em 06 de fevereiro de 2024, informando a inflação de janeiro para a capital potiguar em 0,46% significou, não só uma variação abaixo da média histórica do indicador, atualmente em 0,76%; como também, representa a menor variação desde o ano de 2020 e a 4º menor da série histórica iniciada nos anos 2000.
Ao detalhar o IPC de janeiro de 2024, apurou-se que o grupo alimentos e bebidas tiveram a maior contribuição para a inflação, impulsionando a média para cima. Essa tendência é compreensível, não só pela sazonalidade do indicador, mas também por questões intrínsecas ao período como aumento do movimento turístico e, consequentemente, maior circulação financeira e consumo neste grupo do IPC.
O Secretário de Administração usou de má-fé ao dizer que “os empresários ficaram com o dinheiro do ICMS”, induzindo conclusão falsa acerca da causa desta inflação do mês de janeiro. Vale lembrar que quem paga o imposto é o consumidor, a indústria arrecada e repassa aos entes públicos.
Indignada diante da manipulação dos números, a FIERN reforça a importância da precisão na divulgação de informações econômicas, obrigação tanto da indústria quanto das autoridades do nosso Estado. Aliás, a missão maior desta Federação é a defesa da indústria potiguar e o compromisso com o desenvolvimento econômico, social e ambiental do RN. Desta missão a FIERN não esmorecerá – ainda mais diante de críticas infundadas.
Diretoria da FIERN
Fonte: Tribuna do Norte
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