O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira (11) que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participou de uma reunião com a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luisa Escorel, no último sábado (9).
O encontro ocorreu em Brasília durante uma parada técnica para abastecimento do avião do ucraniano, que viajava para Buenos Aires, onde participou da posse de Javier Milei como presidente.
A reunião entre Zelensky e Maria Luisa Escorel durou cerca de 20 minutos. O objetivo do ucraniano era se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas, segundo o g1 apurou, como o pedido de audiência foi feito "em cima da hora", a diplomata foi escalada para a reunião.
Geralmente, quando dois chefes de Estado se encontram, é comum que equipes dos dois façam reuniões prévias, discutindo, por exemplo, os temas a serem abordados e eventuais acordos.
O encontro entre Maria Luisa e Zelensky foi divulgado, primeiramente, pelo jornal "O Globo". Este não é o primeiro desencontro entre Lula e Zelensky.
Em maio, durante a cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), Lula disse que equipes dos governos brasileiro e ucraniano acertaram um encontro entre os dois líderes, mas que, perto do horário combinado, a comitiva de Zelensky disse que ele não poderia comparecer naquele momento.
Então, as agendas de ambos não permitiram que o encontro acontecesse – Lula alegou já ter combinado reuniões com outros chefes de Estado.
O desencontro em Hiroshima aconteceu depois que Lula deu declarações polêmicas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que gerou críticas por parte de Zelensky ao brasileiro.
Encontro em NY
Lula e Zelensky se reuniram em setembro deste ano, em Nova York (EUA), durante a presença dos dois para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Após o encontro, Lula afirmou ter conversado com Zelensky sobre a importância de os países buscarem o diálogo e a paz, acrescentando que a busca é importante "para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial, como fez a Rússia".
A guerra começou em fevereiro de 2022, após tropas de Vladimir Putin invadirem a Ucrânia. A Rússia, em linhas gerais, alega que são territórios separatistas. A Ucrânia, por sua e vez, afirma que não negocia um acordo enquanto as tropas russas não deixarem essas localidades.
“Disse para ele a necessidade de encontrar um grupo de países amigos que possam construir uma proposta que não fosse nem de um, nem de outro, dos dois que estão em guerra. E que a negociação numa mesa de diálogo é muito mais barata do que uma guerra, não tem vítimas, não tem mortes e não tem tiro”, disse Lula após o encontro com Zelensky em setembro.
Fonte: g1
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