A Polícia Federal cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Braskem.
Na sede da empresa, na capital alagoana, os agentes recolhiam documentos e equipamentos eletrônicos enquanto os funcionários aguardaram em frente ao prédio. Também houve buscas em Aracaju e no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal investiga as supostas irregularidades desde 2019 e afirma que há indícios de que a Braskem não tomou todas as medidas de segurança necessárias para a extração do sal-gema e usou dados falsos - ou mesmo omitiu de informações a órgãos de fiscalização -, o que permitiu que as atividades continuassem.
"Apuramos que existe uma discordância entre o que foi realizado efetivamente na mina e aquilo que estava na autorização de lavra dada à empresa. Nós estamos investigando poluição qualificada, já que área está inabitada. Nós estamos também investigando usurpação de recursos minerais da União e também apresentação de dados falsos, tanto por omissão quanto por ação", afirma a superintendente da Polícia Federal, Luciana Paiva Barbosa.
A extração de sal-gema começou na década de 1970. Parte das 35 minas exploradas pela Braskem começou a afundar em 2018. Nos últimos cinco anos, mais de 55 mil pessoas tiveram que sair das casas onde moravam.
No início deste mês a mina 18, que fica na Lagoa Mundaú, cedeu. Dezenas de moradores de bairros vizinhos foram retirados da região. Pelo menos 5 mil continuam próximos da área afetada pela mineração.
A Braskem afirmou que age com agilidade e transparência, que enviou à Polícia Federal os documentos solicitados, que pessoas ligadas à empresa já prestaram esclarecimentos e que as técnicas para extração de sal-gema foram apropriadas e fiscalizadas, com as licenças correspondentes.
Fonte: jornal Nacional
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