O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) soltou uma nota nesta sexta-feira (15/12), respondendo ao parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Paraná que pede a cassação do mandato dele. Em ação proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), referente às eleições de 2022, a procuradoria se posicionou no sentido de reconhecer indícios de abuso do poder econômico da campanha que elegeu o ex-juiz paranaense.
“Respeito, mas discordo do parecer, na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais. A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá”, declarou Sergio Moro, por meio de nota.
Na quinta-feira (14/12), em manifestação assinada pelos procuradores regionais Eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, a procuradoria sustenta que “a lisura e a legitimidade do pleito (de 2022) foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”. Moro foi eleito senador pelo União Brasil com 1,9 milhão de votos, e tem como suplentes o advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Augusto Guerra, que foi o principal financiador da campanha de Moro como pessoa física e é sobrinho do ex-ministro da Saúde no governo Fernado Collor, Alceny Guerra.
“A responsabilidade pessoal dos Srs. Sergio Fernando Moro e Luís Felipe Cunha encontra-se solidamente comprovada através da participação direta de ambos nas viagens, eventos e demais atos de pré-campanha, frisando-se que, ainda que apenas o primeiro investigado tenha figurado em destaque e apresentando-se ao público como pré-candidato, o segundo investigado o acompanhou por toda trajetória política, inclusive na condição de advogado”, apontam os dois procuradores que assinam o parecer.
Fonte: Correio Braziliense
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