sexta-feira, dezembro 29, 2023

Empresas aéreas decolam e voltam ao patamar pré-pandemia, mas preço das passagens sobe


As empresas aéreas vão fechar o ano com motivos pra comemorar. 2023 está sendo mais movimentado nos aeroportos desde antes da pandemia. O passageiro voltou, mas reclama do preço alto das passagens.


“A gente está indo para Brasília passar o ano novo com a família. Estamos chegando, mamãe, prepara a janta”, conta a estudante Juliana Naomi com seu gato.

Em Congonhas, o segundo aeroporto mais movimentado do país, o grupo de amigas também não disfarça a alegria.


"A gente vai para Santarém - Alter do Chão. Acho que essa última semana foi uma semana de contar no calendário os minutos", diz a gerente de marketing Aline Oliveira.


Para as empresas aéreas esse alegre movimento de passageiros é definido como um momento de retomada. Em 2023, o setor voltou ao patamar da pré-pandemia. De janeiro a novembro, foram mais de 102 milhões de passageiros voando dentro e para fora do Brasil, um aumento de 7,5% em relação a 2022.


Mas uma retomada que está pesando na inflação e no bolso do consumidor. O aumento acumulado das passagens em 12 meses foi de 36,45%.


“2023 é o ano que consolida a nossa retomada, mas consolida num ambiente de custos muito diferente, mais pressionado, 60% dos custos do setor aéreo são dolarizados, boa parte disso, 40% dos custos são relacionados em combustível da aviação. Nós temos trabalhado e dialogado bastante com o governo por uma agenda estruturante que nos permita - permita às empresas - ampliar sua oferta, trazer mais aeronaves, ter mais acentos disponibilizados.”, diz Jurema Monteiro, presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas.

Quem está de mala na mão e cabeça lá no destino espera melhores serviços, mais pontualidade e transparência nas informações.


“Remanejou a gente pra outro voo, sendo que a gente nem sabia", relata uma mulher.

“Adiantaram o voo e por falta de comunicação a gente perdeu”, conta o operador de corte de malha José Damião.


Passagem mais barata também é desejo de ano novo. A médica Cintia Acosta Melo, por exemplo, gostaria de visitar mais a família.


“Antes da pandemia, a gente conseguia visitar bastante eles, pegar promoção de passagens, agora está impossível. A gente consegue só nas férias mesmo programando com muita antecedência. O preço está bastante salgado”, conta ela.

Sorte mesmo é de quem viaja sem preocupação e em boa companhia.


Catarina, de 6 anos: “Eu vou para Porto Alegre.”

Repórter: “O que vai fazer lá?”

Catarina: “Ver os meus avós.”

Repórter: “Quem você vai levar?”

Catarina: “A minha filha Helena (uma boneca). Bom ano novo.”


Fonte: Jornal Nacional

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