Sete tipos de vacina recomendadas no calendário nacional de imunização registraram um aumento de aplicação no Rio Grande do Norte em 2023 no comparativo com o ano passado. Os dados são do Ministério da Saúde (MS).
Os sete tipos de imunizantes atingiram, todos, mais de 80% da cobertura vacinal em dados colhidos até o dia 18 de outubro e divulgados na terça-feira (19) pelo Ministério da Saúde. Apenas uma delas - a pneumocócica - havia ultrapassado essa cobertura em 2022.
As vacinas que tiveram aumento são:
rotavírus humano - 84,03% - (em 2022, 74,05%)
meningococo C - 80,39% - (em 2022, 76,3%)
pentavalente - 80,24% - (em 2022, 74,45%)
pneumocócica - 86,49% - (em 2022, 80,48%)
poliomielite - 81,31% - (em 2022, 73,57%)
hepatite A - 81,23% - (em 2022, 70,55%)
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) - 90,03% - (em 2022, 78,98%)
Para a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap), os dados representam uma reversão na tendência de baixa cobertura dos anos anteriores.
A coordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Diana Rego, explica que o ano de 2023 tende a fechar com números ainda melhores, já que ainda há dois meses para serem contabilizados.
"Esses números que foram liberados ontem [terça-feira] foram congelados em outubro. Então, significa que o estado ainda tem muitas doses aplicadas que vão subir para o sistema. Nós tivemos a campanha de multivacinação mais ou menos no dia 21 de outubro. Ou seja, tivemos realmente uma movimentação estadual no mês de outubro e novembro", pontuou.
O avanço é considerado importante pela pasta, mas a gestora explica que ainda é preciso melhorar para atingir a meta de imunização nos próximos anos.
"O desafio é manter esses números e, na verdade, alcançar as coberturas. Porque, embora a gente tenha melhorado bastante, como vocês viram, nós alcançamos muitas vacinas com a cobertura de 80%. Nós precisamos alcançar a meta de 90% e 95%", reforçou.
A tríplice viral, por exemplo, alcançou em outubro 90% de cobertura vacinal no estado - essa foi a primeira vez desde 2019.
O crescimento da vacinação se deve à campanhas e estratégias traçadas ao longo de 2023, avalia a coordenadora de vigilância em saúde da Sesap, Diana Rego.
Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, ela lembra, o estado lançou em fevereiro o Movimento Nacional pela Vacinação e o RN também lançou o Vacina Mais Potiguar.
"Esse movimento desencadeia movimentos consequentes também nos municípios. Paralelo a isso, a gente teve também o investimento financeiro do Ministério da Saúde, um recurso para apoiar as campanhas de multivacinação, e uma estratégia, um método de alcançar as pessoas não vacinadas", explicou.
Fonte: g1
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