A 6ª fase da operação 404, de combate à pirataria digital, bloqueou centenas de páginas da internet e aplicativos que transmitiam conteúdos ilegalmente.
A Polícia Civil cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em 11 estados e no Distrito Federal e apreendeu dezenas de equipamentos, como computadores e celulares.
Um homem foi preso em flagrante em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, onde funcionava um servidor de TV pirata. Segundo os investigadores, ele tinha 60 mil clientes.
Argentina, Estados unidos, Peru e Reino Unido participaram das operações, coordenadas pelo Ministério da Justiça. A ação foi acompanhada por representantes de produtores de conteúdo dos EUA e também da Liga de Futebol Profissional da Inglaterra, a Premier League.
Foram bloqueados um total de 606 sites piratas - 238 deles hospedados no Brasil -, além de 19 aplicativos ilegais de streaming. Os investigados podem ser indiciados por violação de direito autoral, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
"A atuação ocorre de duas formas. A primeira, com venda de assinaturas de maneira ilegal e de preços bem abaixo, e também com publicidade. Não é só violação de direito autoral. A gente, as polícias, instauraram os inquéritos, e também está sendo apurados associação criminosa e lavagem de capitais. E, eventualmente, se outros crimes forem identificados, os autores serão responsabilizados", afirma Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça.
Segundo a Associação Brasileira de TV por assinatura, 47 milhões de pessoas têm assinatura clandestina de TV ou streaming, um prejuízo de R$ 12 bilhões por ano.
Além de financiar a atividade ilegal, o acesso a plataformas de conteúdo pirata expõe os usuários ao risco de vazamento de dados pessoais. Segundo o Conselho de Combate à Pirataria, muitos sites que comercializam produtos clandestinos podem ter vírus que invadem computadores e celulares.
"A vida das pessoas está no digital. As pessoas compartilham vários dados, com vários sites, nos seus computadores. Guardam materiais em computadores que são materiais pessoais, e tudo isso pode ser acessado por um criminoso mal intencionado, que utiliza essas plataformas de pirataria para infectar computadores e dispositivos celulares. A gente tem que ter essa consciência de segurança digital, assim como a gente tem com a segurança física no mundo real", ressalta Andrey Correa, secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria.
Fonte: Jornal Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!