O homem preso na última sexta-feira (10) suspeito de abusar sexualmente um bebê de 10 meses dentro do Hospital Universitário Onofre Lopes, na zona Leste de Natal, teve a prisão em flagrante mantida pela Justiça após passar por uma audiência de custódia no fim de semana.
A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do RN e pela Polícia Civil. Segundo a Justiça, mas informações sobre a investigação não podem ser divulgadas, porque o caso corre em segredo de Justiça.
De acordo com a mãe da vítima, o filho possui uma síndrome rara que afeta o fígado, o pâncreas e os rins, e estava internado no HUOL após a colocação de um catéter no pescoço para o início da hemodiálise.
Mãe e filho dividiam o quarto com outra família, que também estava com um bebê de 10 meses internado. Ela teria saído do quarto para beber água e, ao retornar, viu o suspeito, o pai desse outro bebê, agindo de forma estranha.
"A minha vizinha de quarto foi pra casa e deixou seu esposo com o filho. Meu bebê estava dormindo e eu saí pra tomar água. Foi questão de 3 a 5 minutos, muito rápido. Quando eu cheguei, percebi que o homem estava ajeitando a calça e a camisa. Eu corri, liguei a luz e fui olhar meu bebê. Olhei para as partes íntimas, mas não vi nada de anormal. Mas quando olhei o canto da boquinha dele, [havia] o líquido estranho", contou a mãe.
Ao ver a situação, a mulher chamou a equipe de enfermagem, que logo agiu para investigar o que poderia ter acontecido.
"Quando mostrei à técnica de enfermagem, ela chamou outras enfermeiras, que colheram [o líquido] e levaram para um laboratório do hospital para analisar. Quando voltei para o quarto, vi o homem bem tenso e saí ligeiro com meu bebê", lembrou a mãe. Ela foi levada, com a criança, para outra acomodação.
Ainda de acordo com a mulher, o resultado dos exames apontaram que o líquido encontrado na boca do bebê era esperma. A segurança do hospital e as Polícias Civil e Militar foram acionadas e o homem foi preso em flagrante.
"As providências foram adotadas de imediato pelo hospital, com o acompanhamento direto pela equipe de segurança da unidade e acionamento da Polícia Civil e Militar, que efetuou a prisão em flagrante e está dando os encaminhamentos legais relacionados cabíveis", informou a assessoria de imprensa do HUOL.
"A direção do hospital já está resolvendo tudo e estou tendo acompanhamento psicológico. Mas eu, como mãe, não quero que isso aconteça com outras crianças, principalmente em um hospital, onde a gente vem procurar atendimento. Meu bebê não sabe falar, pois é pequeno. Desde ontem eu estou muito nervosa. Estou calma, mas muito abalada", desabafou a mãe.
O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal.
"Um procedimento foi instaurado para apurar todas as circunstâncias do fato e a responsabilidade penal de todos os envolvidos. Em razão de a vítima ser um bebê e da necessidade de garantir a realização de diligências que ainda estão em andamento para apurar eventuais outros crimes, o processo tramitará em sigilo", informou a Polícia Civil.
Fonte: g1
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