Anunciada pelo presidente eleito da Argentina Javier Milei como a futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino se reuniu neste domingo (26) com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, em Brasília. Mondino publicou um registro do encontro em uma rede social.
Segundo o Palácio do Itamaraty, a futura chanceler entregou convite para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participe da posse de Milei, marcada para 10 de dezembro.
A pasta afirma ainda que eles "discutiram também aspectos da relação bilateral e o atual estágio das negociações Mercosul-UE". Ainda de acordo com o Itamaraty, a reunião foi acompanhada pelos embaixadores do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina em Brasília, Daniel Scioli.
A escolha de Mondino para as relações exteriores foi anunciada por Milei na última segunda-feira (20). O nome dela está entre as primeiras indicações feitas pelo presidente eleito da Argentina.
Posse de Milei
O governo brasileiro ainda não informou oficialmente se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Buenos Aires para a posse de Milei. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que foi convidado e que irá a posse de Milei.
Durante a campanha eleitoral, Lula apoiou o candidato governista Sergio Massa, derrotado por Milei. O petista é amigo e aliado político de Alberto Fernández, presidente da Argentina que está no final do mandato.
Auxiliares de Lula defendem que ele não vá a posse de Milei. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou na última semana que o argentino deveria se desculpar por ter ofendido Lula.
Logo após a vitória de Milei, Lula felicitou as instituições argentinas e desejou sucesso ao novo governo, porém não citou o nome do futuro presidente.
Na última terça-feira, o presidente brasileiro afirmou, durante uma formatura de diplomatas, que não tem de gostar do "presidente da China, da Argentina, da Venezuela" porque os países precisam ter políticas de Estado. Sem citar Milei, Lula afirmou que haverá "problemas políticos".
"Nós vamos ter problemas políticos. E, ao invés de reclamar dos problemas políticos, nós temos que ser inteligentes e tentar resolvê-los, tentar conversar. Tentar fazer com que as pessoas aprendam a conviver democraticamente na adversidade", declarou na ocasião.
Entre as incógnitas na relação com a Argentina está o futuro do Mercosul, bloco criticado por Milei, e do acordo comercial em negociação com a União Europeia. Lula defende fortalecer o bloco, que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Fonte: g1
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