Nas alegações finais apresentada à Justiça, a defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal do governo Bolsanaro, diz que ele corre risco de vida na cadeia e está emagrecendo.
"O demandado (Silvinei) que nunca praticou nenhum ilícito, hoje está com 12 (doze) quilos a menos, preso injustamente e correndo o risco de ser envenenado na cadeia." A seguir, os advogados de Silvinei atacam o representante do Ministério Público, a quem acusam de imparcialidade e perseguição.
E acrescenta que o promotor "vai ter que conviver até sua morte com a culpa de ter, mediante o aforamento desta ação infundada e desrespeitosa, preparado caminho (inclusive com sua exposição midiática e desnecessária) para outras difamações que culminaram com a prisão de um inocente – enquanto criminosos regozijam-se com tal fato e como o trabalho desse representante do MPF".
Curiosamente, a defesa de Silvinei cita nas alegações o nome do ministro de Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida. Mas a citação não é para que o ministro evite a morte de um suspeito na cadeia, como sustenta a defesa.
O nome de Silvio Almeida é utilizado para justificar o uso de redes sociais que Silvinei Vasques fez durante a campanha eleitoral. No sábado dia 29 de outubro, uma dia antes do segundo turno das eleições, Silvinei postou no Instagram uma foto da bandeira do Brasil. Segundo post obtido pela Folha de São Paulo, a imagem era acompanhada do texto "vote 22. Bolsonaro presidente". A imagem, apesar de ter sido excluída, viralizou nas redes sociais.
O Ministério Público acusa Silvinei usar sua condição de diretor-geral da PRF, usando da imagem da instituição, para promover manifestações, por vezes veladas e outras ostensivas, de apreço ao exPresidente da República.
A defesa alega que em nenhum momento Silvinei usou símbolos da PRF, mas apenas a bandeira do Brasil. E nega uso de imagem da instituição. É aí que entra Silvio de Almeida. A defesa sugere que se verifique "a conta no Instagram do senhor Ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida (@silviolual), a qual apesar de pessoal, somente constam imagens de sua atuação profissional. Dezenas, inclusive com políticos, autoridades e com o atual Presidente da República".
Para os advogados de Vasques, "dizer que o réu confundia suas redes pessoas com sua atividade profissional, porque postava fotos uniformizado é somente uma falácia. Não é comprovação de delito. O acusado tinha orgulho do uniforme que ostentava, da profissão que defendeu quase que toda a vida. Todas as fotos postadas são de realizações e conquistas".
Fonte: Blog do Octavio Guedes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!