Em petição entregue à Polícia Federal, pouco antes do depoimento que prestou na terça (14), a deputada Carla Zambelli classifica os que participaram dos atos do dia 8 de janeiro como "golpistas irresignados". A defesa técnica da deputada ainda se refere aos ataques como "vilipêndio criminoso" dos Três Poderes.
"Sabe-se, Excelência, que paralelamente ao deslinde do presente inquérito foram instauradas as Comissões de Inquérito Parlamentar (CPMI e CPI) relacionadas aos acontecimentos do dia 08/01/2023, em que os Três Poderes que regem essa República Federativa foram criminosamente vilipendiados por golpistas irresignados com o resultado das eleições presidenciais ocorridas no final do ano de 2022", diz a defesa de Zambelli à PF.
Após a derrota de Bolsonaro, Zambelli chegou a visitar manifestantes em acampamentos golpistas.
A peça, formulada pelo advogado Daniel Bialski, trata as acusações do hacker Walter Delgatti Neto —de que Zambelli o contratou para, entre outras coisas, invadir os sistemas do Judiciário e os ramais do ministro Alexandre de Moraes,— como mentirosas.
À PF, Zambelli diz que Delgatti "tem compulsão por falsear a verdade. E inseriu o nome da deputada se utilizando de conhecimento com ela para tentar dar sustentabilidade à sua farsa". A peça taxa Delgatti de "mitômano".
Zambelli lista ao menos quatro versões diferentes dadas por Delgatti sobre os mesmos encontros que diz ter tido com a deputada. Ela diz jamais ter feito qualquer solicitação ilícita ao hacker.
Fonte: Blog da Andréia Sadi
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