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quarta-feira, outubro 18, 2023

Metralhadoras do Exército furtadas em SP foram oferecidas por até R$ 180 mil cada a facção do RJ

Willian Guedes, conhecido como Corolla, teria, segundo a polícia, recebido a ligação dos responsáveis pelo furto das metralhadoras — Foto: Reprodução

As 21 metralhadoras de grosso calibre furtadas do quartel de Barueri, na Grande São Paulo, foram oferecidas à maior facção criminosa do Rio de Janeiro.


O g1 apurou que a Polícia Civil do RJ teve acesso a um vídeo que também foi encaminhado para o Exército com a imagem de quatro metralhadoras (veja acima). A força já incluiu as imagens no Inquérito Policial Militar que apura o desvio do armamento.


De acordo com as investigações, a oferta das armas aconteceu há pouco mais de um mês, após o feriado de 7 de setembro. O grupo que furtou as metralhadoras pediu, por cada ponto 50, R$ 180 mil.



Ao menos desde 10 de outubro, quando o furto foi tornado público, o Exército tenta localizar e recuperar as 13 metralhadoras calibre ponto 50 e as 8 metralhadoras calibre 7,62 que foram levadas do local. Somadas, as armas pesam 500 quilos, e há a suspeita de que foram sendo furtadas pouco a pouco.


Até esta quarta-feira (19), 50 militares tinham prestado depoimento aos militares. Há na unidade, 160 militares que estão mantidos "aquartelados" e impedidos de deixarem o quartel.


Oferta ao tráfico

A oferta da ponto 50 foi feita ao traficante William de Souza Guedes, o Corolla, criminoso que, atualmente, comanda o Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio e é um dos homens de confiança dos chefes da facção Comando Vermelho.



Corolla, antes chamado de Chacota, tem nove mandados de prisão contra ele - um deles pela morte do policial militar Daniel Henrique Mariotti, no início de 2019.


Ao receber a ligação, Corolla entrou em contato com Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, apontado pela polícia como maior chefe do Comando Vermelho em liberdade.


A polícia apura se o negócio foi fechado ou se não passou apenas de uma oferta à facção.


Capacidade para derrubar aeronaves

Os disparos de metralhadoras ponto 50 são capazes de derrubar aeronaves. Helicópteros da polícia são frequentemente alvo de traficantes no Rio – dois deles foram atingidos este mês.



O peso médio de cada uma delas é, em média, de 4,5 quilos.


Fonte: g1

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