O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), recuou e anunciou nesta quinta-feira (19) que vai manter em seu gabinete o assessor Rodrigo Duarte Bastos.
Bastos se envolveu em uma confusão com parlamentares da CPI dos Atos Golpistas nesta quarta-feira (18), após a aprovação do relatório final pelo colegiado (relembre no vídeo acima).
Logo após o tumulto, Carlos Jordy afirmou que exoneraria o assessor, que ocupa desde 2021 o cargo de secretário parlamentar. Na ocasião, o deputado disse que a conduta do funcionário foi “incompatível” com o cargo.
No entanto, nesta quinta, o deputado disse, em nota, ter analisado imagens da confusão e concluído que não houve agressão por parte do servidor. Segundo ele, não há, portanto, "razão" para a exoneração de Rodrigo Duarte Bastos.
“Embora não concorde com a postura de discussões políticas no interior da Câmara, pois ele é um servidor da Casa, isso não é razão para exonerá-lo. Já o repreendi para que não incorra no mesmo erro novamente. Tenho certeza que servirá de lição para que não reincida neste tipo de conduta”, disse Jordy.
O tumulto
Nesta quarta, após a aprovação do parecer pela CPI, deputados e senadores estavam no Salão Azul, do Senado, e caminhavam em direção à Praça dos Três Poderes, em um ato simbólico em defesa da democracia.
Durante o ato, Bastos estava no meio dos parlamentares e gritava palavras de ordem contra o grupo Hamas. Ele filmava a ação com um celular, quando o deputado Rogério Correia (PT-MG) deu tapa na sua mão.
O celular, então, caiu na cabeça da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Acusado de agressão pelos presentes, o assessor correu para o Anexo II da Câmara dos Deputados, prédio que fica ao lado do Senado, mas separado por salão e um corredor.
“Quando eu vi, quicou um telefone com muita força”, afirmou a senadora, que disse que registraria um boletim de ocorrência sobre o episódio.
Já Rogério Correia disse que o Bastos empurrou os assessores que estavam no local, agindo de forma violenta.
“Eu afastei, retirei e o celular dele de fato caiu. Não me arrependo de ter feito isso, porque ele não pode ficar com o celular gritando com os outros da forma como foi feito. Então ele era o agressor”, disse o deputado.
Fonte: g1
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