Manchas de óleo voltaram a aparecer também na Praia de Pipa, no municípío de Tibau do Sul, no litoral do Rio Grande do Norte. Elas foram percebidas por banhistas em faixas de areia numa localidade conhecida como Praia das Minas, no sábado (23).
No mesmo dia, banhistas também encontraram manchas na Praia de Camurupim, em Nísia Floresta, também no litoral Sul potiguar. Nesse caso, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), a Marinha do Brasil e a Petrobras fizeram o recolhimento do material para análise. A Petrobras também informou que não há vazamentos registrados (veja mais abaixo).
Em Pipa, as manchas foram registradas pelo coordenador de conservação e pesquisa da Fundação Projeto Tamar em Pipa, Eduardo Lima. Ele avisou ao Idema, que confirmou a notificação, mas não confirma oficialmente o aparecimento das manchas nessa praia.
Em nota, a prefeitura de Tibau do Sul disse que "recebeu informações de possíveis manchas de óleo no litoral do município" e que uma equipe "já foi acionada para verificação".
"Tão logo tenhamos a confirmação, entraremos com um plano de contenção e limpeza", completou a nota.
Tanto as praias de Tibau do Sul como as de Nísia Floresta registraram o aparecimento de manchas de óleo em 2022 - quando foram retiradas mais de 34 toneladas de resíduos do litoral do RN - e também em 2019 - com a retirada de cerca de 900 quilos.
Petrobras não registra vazamentos
A Petrobras informou, também em nota, que "verificou a ocorrência de pelotas de óleo, de origem desconhecida" em Camurupim e que equipes de resposta a emergência da companhia coletaram amostras do material foram coletadas e enviaram ao Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES), no Rio de Janeiro, para análise.
"A Petrobras reforça que todas as unidades de sua responsabilidade na região foram inspecionadas, sem nenhum registro de anormalidades e vazamento de óleo. Além das inspeções de integridade em suas unidades, a Petrobras realizou sobrevoos na costa e não identificou nenhuma mancha de óleo no mar", afirmou.
Pipa
De acordo com o coordenador do projeto Tamar em Pipa, Eduardo Lima, a quantidade de manchas encontrada em Pipa, dessa vez, foi em menor quantidade do que a quantidade que apareceu na praia de Camurupim, em Nísia Floresta, no mesmo dia.
"No final de semana, apareceram algumas manchas. Mas não na quantidade que apareceu em Nísia Floresta. Eu fui à praia normalmente no sábado e contei, assim, espaçadamente, algumas manchas, umas do tamanho de um mão, e outras do tamanho de uma moeda. Mas não como naquele último derrame. Só algumas manchas", disse.
O coordenador disse que a situação não é alarmante no momento, mas explicou que é preciso atenção no local, por ser um trecho de desova de tartarugas marinhas.
"Nós estamos atentos aqui, até porque aqui é uma das áreas de desovas mais importantes de tartaruga marinha do Atlântico Sul onde tem a maior concentração de desova do estado do RN. Então a gente fica meio preocupado, quando começa a aparecer uma ou outra [mancha]", disse.
Nísia Floresta
Banhistas da praia de Camurupim, em Nísia Floresta, no litoral Sul potiguar, foram surpreendidos na manhã deste sábado (23) por manchas de óleo na faixa de areia da praia. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo da cidade, os resíduos foram encontrados em uma faixa de areia de aproximadamente 400 metros de extensão.
Amostras do material foram recolhidas pela Marinha do Brasil e pelo Ibama, segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). A análise poderá identificar se o óleo é, ou não, o mesmo que atingiu as praias do estado em 2019.
Segundo o Idema, parte do material pode ter ficado depositada no fundo do mar ou na praia e reaparecido em função das condições meteorológicas e oceanográficas, como direção e velocidade dos ventos e das correntes marítimas.
Segundo a prefeitura de Nísia Floresta, a limpeza do trecho em que o óleo apareceu foi concluída ainda no fim de semana e, até a manhã desta segunda-feira (25) nenhum novo caso foi registrado.
Saiba o que fazer se encontrar manchas de óleo
O Idema também orientou a população sobre o que fazer caso encontre óleo nas praias:
A primeira orientação é não tocar no óleo;
O cidadão que se deparar com o óleo deve entrar em contato com o Disque 185 (Marinha do Brasil) ou com Defesa Civil Estadual, por meio do (84) 3232-5155 ou do número 190;
Se possível, o cidadão também deve fazer registro em fotos com geolocalização ativada no celular - a fim de identificar nas imagens a localização exata do material.
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