O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno silenciou ao ser questionado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) se teria participado de reunião do hacker Walter Delgatti Neto com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Heleno foi questionado sobre o episódio durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (26). O militar foi chamado à comissão na condição de testemunha e respondeu a parte dos questionamentos, mas silenciou em outros.
"O senhor esteve na reunião com o hacker? O senhor tomou café da manhã com o hacker junto com Bolsonaro? Mauro Cid diz que o senhor estava lá na reunião que tomou café com o hacker", afirmou o deputado Rogério Correia.
O café da manhã teria sido com Walter Delgatti, conhecido por vazar mensagens de autoridades envolvidas na operação Lava Jato, e por invadir sistemas do Judiciário.
À CPI e à Polícia Federal, ele disse que se encontrou com Bolsonaro e que o ex-presidente o teria questionado sobre a possibilidade de invadir urnas eletrônicas.
Em resposta ao questionamento do deputado, Heleno respondeu que usaria o direito ao silêncio. Na segunda-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin permitiu a ele que não respondesse a perguntas da comissão que pudessem incriminá-lo.
Heleno também silenciou quando questionado pela senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) sobre a ditadura militar e sobre a opinião dele quanto a possíveis intervenções das Forças Armadas no governo.
Reunião com hacker
Segundo o hacker Walter Delgatti Neto, Bolsonaro o teria questionado, durante reunião no Palácio da Alvorada, sobre a possibilidade de invasão às urnas eletrônicas. O ex-presidente teria, inclusive, prometido perdão de sua eventual pena caso Delgatti fosse preso ou condenado.
O hacker depôs à CPI após a PF identificar o envolvimento dele e da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão no sistema do CNJ.
A defesa de Bolsonaro disse que as informações dadas por Delgatti são falsas e que adotará medidas judiciais.
Fonte: g1
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