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segunda-feira, setembro 04, 2023

Após GSI, Defesa também diz à CPI não ter imagens de suposta entrada de hacker no ministério

Walter Delgatti durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Ministério da Defesa informou à CPI dos Atos Golpistas que não tem mais imagens que possam comprovar a suposta presença do hacker Walter Delgatti Neto nas dependências da pasta.


O ofício chegou à comissão na última sexta-feira (4). A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo" e a GloboNews também teve acesso ao documento.


Segundo o ofício, o circuito de segurança do Ministério da Defesa apaga as imagens no prazo de um mês. A resposta é semelhante a uma que foi dada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que também foi demandado a enviar cópias de gravações (veja mais detalhes aqui).



Walter Delgatti disse, em depoimento, que, no ano passado, esteve na sede da pasta. Ele afirmou ter entrado no local pela "porta dos fundos".


Diante do depoimento, a comissão solicitou as imagens das câmeras de segurança do Palácio da Alvorada e da sede do Ministério da Defesa entre os dias 1º de julho e 31 de dezembro do ano passado.


O objetivo dos parlamentares era confirmar a versão de Walter Delgatti que, em depoimento à CPI, afirmou que se encontrou com Jair Bolsonaro na residência oficial da Presidência da República em agosto do ano passado. E que Bolsonaro teria pedido a ele para ir ao Ministério da defesa apontar supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas.


No ofício que chegou à CPI na sexta, o Ministério da Defesa afirmou que:


"O tempo de retenção das imagens geradas por meio do Sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) é de 30 dias. Ainda sobre o tempo de retenção das imagens é necessário destacar que a capacidade de armazenamento tem sofrido redução, tendo em vista a quantidade de imagens e a qualidade das imagens, que atualmente estão consumindo maior espaço de armazenamento, exigindo que o sistema seja reiniciado a cada 15 ou 20 dias".


O diretor do Departamento de Engenharia e Serviços Gerais do Ministério, Odilon Mazzini Junior, que assina o documento, disse que, em razão disso, não é possível atender ao requerimento da CPI.



A CPI recebeu o documento na última sexta-feira. No mesmo dia, o GSI também afirmou, em outro ofício, que: "com a atual configuração, as imagens do sistema permanecem disponíveis em média de doze a catorze dias, sendo, depois desse período, sobrescritas por novas imagens geradas pelas câmeras".


Fonte: g1

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