O corpo da adolescente Emilly Roniclesia Porto Félix, de 15 anos, encontrado na manhã de quarta-feira (19) em uma área de mata na zona rural de Patu, no Oeste potiguar, foi sepultado na noite do mesmo dia, sob forte comoção da população do município, que realizou um cortejo pelas ruas da cidade.
O sepultamento ocorreu por volta das 19h30, segundo a tia da jovem, a assistente social Ruth Félix, que foi ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) de Pau dos Ferros, para liberar o corpo, após a perícia.
Centenas de pessoas esperavam o carro com o caixão ainda na entrada de Patu e seguiram o cortejo até o cemitério da cidade. Durante o trajeto, a família cobrou atitudes do poder público e a continuidade das investigações.
Embora o principal suspeito do caso tenha sido encontrado morto, por suicídio, em Mossoró, na terça-feira (18), a família afirma que ainda é preciso saber se houve envolvimento de outras pessoas no crime. A família suspeita do envolvimento de uma pessoa, o que foi informado à polícia, segundo a tia.
"Tem fatos que ainda vão ser investigados. Eu espero que essas interrogações sejam investigadas", disse Ruth Félix.
O principal suspeito do crime, que era cunhado da vítima, foi achado morto no quarto de uma pousada de Mossoró, ainda na terça-feira (18). Ele tinha sido ouvido pela Polícia Civil no dia anterior, mas ainda estava em liberdade. A tia acredita que a jovem já vinha sofrendo algum tipo de abuso.
"Nós que somos da família por parte de pai não desconfiávamos de nada. Os pais delas são separados e ela morava com a mãe, não contaram nada para a gente. Mas agora descobriram que ele já tinha tentado beijar a menina. Eu acredito que pode ter tido mais coisas. Minha sobrinha vinha há mais de um ano com problemas, se cortando. Eu levava ela a psicólogo, mas não sabia o motivo. Hoje assimilo as coisas e acredito que era por causa dele", disse a tia.
Segundo o delegado de Patu, Paulo Cesário, a polícia pediu recolhimento do material genético do corpo do suspeito para possíveis comparações.
"As diligências continuam e vão ser feitas perícias ainda. O colega que fez o local do suicídio em Mossoró solicitou o recolhimento de material genético para uma futura comparação e nós vamos solicitar essa comparação", destacou.
Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil ainda aguarda um laudo do Itep para definir o que causou a morte da adolescente. No sistema do órgão de perícia, a causa da morte segue como indefinida.
O caso
De acordo com familiares, Emilly Félix estava na casa onde morava, no bairro Fomento, e por volta das 20h do sábado (15) saiu dizendo que iria encontrar a mãe em uma churrascaria.
Emilly não chegou ao local onde a mãe a esperava e não foi mais vista. "Ela foi até a casa da avó para pedir ao pai para levar ela até a churrascaria. Mas o pai não estava em casa. Então, ela saiu", contou a tia, Ruth Félix.
No domingo (16) pela manhã, os familiares procuraram a delegacia da cidade para informar sobre o desaparecimento. Desde então, os familiares tentam localizar a adolescente e faziam buscas na região.
Fonte: g1
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