O PSD decidiu expulsar do partido Roberto Mantovani, investigado por ações de hostilidade contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o filho no aeroporto de Roma. A informação é do presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Kassab consultou a cúpula do partido antes da tomada de decisão. Mantovani foi enquadrado por ato disciplinar.
Mantovani é empresário de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. Ele e a esposa, Andrea Mantovani, são investigados pela Polícia Federal por terem agredido o filho de Moraes no aeroporto da capital italiana, no dia 14 de julho. Eles negam as agressões. O empresário, segundo a defesa, relator ter "afastado com o braço" o filho do ministro para defender a esposa.
O empresário é atuante na política e se lançou candidato a prefeito de Santa Bárbara D'Oeste em 2004
Também é conhecido nos esportes da região, após ter ocupado o cargo de presidente do time União Barbarense, entre 1998 e 2001.
Mantovani era filiado ao PSD desde 2016. Depois do ocorrido com Moraes, o partido informou que avaliaria a expulsão do empresário, que agora se concretizou.
Em nota, a defesa de Mantovani se manifestou sobre a expulsão do partido.
“Surpreendem atitudes precipitadas como essa, em que um homem com passado ilibado, com uma admirável história de vida, é “julgado” por ato que nem mesmo foi apurado nas instâncias próprias. O tempo evidenciará o desacerto e a injustiça cometida com essa esdrúxula e equivocada decisão do PSD”, disse o advogado Ralph Tórtima Filho.
Confusão no aeroporto
Na ocasião, Andréa teria se aproximado do ministro e o chamado de "bandido, comunista e comprado". Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.
Roberto alegou à PF que não sabia que a discussão era com o filho do ministro.
A PF pediu ajuda à polícia em Roma para ter acesso às imagens das câmeras do aeroporto, em um acordo de cooperação internacional.
As imagens devem ajudar a continuidade das investigações do caso no Brasil, para esclarecer o que aconteceu. Não há prazo de quando elas devem chegar ao país.
Fonte: g1
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