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quinta-feira, julho 20, 2023

Lula sanciona projeto que incentiva compras de produtos de agricultores familiares

O presidente Lula e a primeira-dama, Janja, durante cerimônia no Planalto — Foto: Reprodução/TV BrasilGov

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (20) a lei que retoma o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado no primeiro mandato do petista.


A nova lei, aprovada pelo Congresso, estabelece que pelo menos 30% do recurso reservado pelo governo para a compra de alimentos para órgãos da administração pública federal deverá ser gasto com produtos de agricultores familiares.


O texto que deputados e senadores aprovaram prevê que governo federal, estados e municípios possam comprar alimentos, sem licitação, de agricultores familiares, aquicultores, carcinicultores e piscicultores, desde que atendidas condições, como:


preços sejam compatíveis com os preços vigentes no mercado;

os alimentos adquiridos sejam de produção própria dos beneficiários e cumpram os requisitos de controle de qualidade previstos na legislação;

e normas estabelecidas para compra específica de cada modalidade sejam observadas, na forma estabelecida pelo grupo gestor do programa.


Acesso ao programa

A proposta estabelece critérios de acesso ao programa para grupo prioritários, como:


famílias incluídas no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal;

povos indígenas;

povos e comunidades tradicionais;

assentados da reforma agrária;

pescadores e pescadoras;

negros;

mulheres;

juventude rural;

idosos;

pessoas com deficiência;

e famílias de pessoas com deficiência como dependentes.

Cozinha Solidária

A lei sanciona também cria o Programa Cozinha Solidária, que visa fornecer alimentação gratuita e de qualidade à população em situação de vulnerabilidade e risco social. O Ministério do Desenvolvimento Social deve organizar e estruturar o programa.


O programa deve garantir espaços "sanitariamente adequados" para a alimentação, oferecida com regularidade e qualidade. O programa também deve apoiar cozinhas comunitárias e coletivas.


O texto que saiu do Congresso ainda prevê que pelo menos 30% do recurso para compra de alimentos no Cozinha Solidária seja usado com produtos de agricultores familiares, com prioridade para assentamentos da reforma agrária e comunidades indígenas e quilombolas.


O texto ainda alterou a nova Lei de Licitações, de 2021, para dispensar de licitação a contratação de entidades privadas sem fins lucrativos para implementação do Programa de Cozinhas Solidárias e de cisternas ou outras tecnologias de acesso à água e produção de alimentos para beneficiar famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca.


Fonte: g1

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