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quarta-feira, julho 19, 2023

Celulares e computadores de suspeitos de agredir ministro Alexandre de Moraes são apreendidos


Dois celulares e três computadores foram aprendidos em endereços ligados ao casal suspeito de envolvimento em agressão à família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.


Todo o material apreendido será lacrado e enviado para o delegado da PF em Brasília, que cuida do inquérito.


Foram apreendidos até agora aparelhos celulares do casal e computadores deles e do genro.


A Polícia Federal ouviu o casal em Piracicaba nesta terça.


O pedido da PF foi expedido pela presidente do STF Rosa Weber. Os agentes receberam ordem para recolher computadores, celulares e documentos. O inquérito, agora, foi distribuído para o ministro Dias Toffoli.



A PF pediu para o STF mandado para buscar e apreender evidências relacionadas aos fatos ocorridos no aeroporto da Itália. Se houver outros elementos, patrocínio de atos golpistas, por exemplo, também será investigado.


Roberto e Andreia prestaram depoimento na sede da PF de Piracicaba (SP). Segundo a defesa, ele admite ter "afastado com o braço" o filho do ministro para defender a esposa. Ele relata que Andreia e Roberto foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes.


Roberto alegou à PF que não sabia que a discussão era com o filho do ministro. "Somente quando desembarcaram e foram abordados pela Polícia Federal no aeroporto é que tomaram conhecimento que se tratava de um filho do ministro. Que não houve na área de embarque qualquer contato com o ministro e que realmente o contato que houve foi visual. E num segundo momento foi pessoal, mas quando o ministro sai dessa sala vip pra vir retirar o seu filho dessa área externa", afirmou o advogado.




Material da Itália deve chegar nesta quarta-feira

Os depoimentos em Piracicaba (SP) foram todos acompanhados por vídeo conferência pelo delegado da Diretoria de Inteligência da PF, em Brasília, responsável pelo inquérito.


Uma lista grande de perguntas foi encaminhada para a equipe de Piracicaba, que ouviu presencialmente os investigados. E o delegado participou remotamente.


As gravações do circuito interno do aeroporto de Roma, referentes às denúncias de ofensas, intimidação e agressão feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, já estão em poder da Interpol da Itália.


O material foi entregue pelo aeroporto para a Interpol na noite de segunda (17). São muitos minutos do antes, durante e depois da abordagem agressiva.


O representante da PF na Itália foi até a Interpol nesta terça para tentar acelerar a liberação das imagens.


Todo trâmite burocrático de pedidos de cooperação internacional para fins de investigação policial já foi cumprido pelas autoridades brasileiras.


A Secretaria de Justiça italiana tem que autorizar o compartilhamento do material do aeroporto.


Feito isso, a Interpol da Itália remete por meio de sistema de troca de arquivos para a Interpol do Brasil, que repassa tudo ao delegado do inquérito.



Entenda o caso

No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma na Itália. Os envolvidos seriam quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D'Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréia Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.


A PF apura a denúncia de agressão à família do ministro do STF. Pelo menos quatro pessoas foram intimadas a depor, sendo que três como suspeitos e um como testemunha. Foi instaurado um inquérito policial para apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira.


Foi solicitada ajuda à polícia em Roma no sábado (15) para ter acesso às imagens das câmeras do aeroporto, em um acordo de cooperação internacional, o que deve ocorrer até a próxima sexta-feira (21).


Na ocasião, Andreia teria se aproximado do ministro e o chamado de "bandido, comunista e comprado". Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.


Após o episódio, os acusados embarcaram normalmente para o Brasil, mas, ao desembarcarem em Guarulhos, foram abordados pela PF.



Alex Zanatta Bignotto, 27 anos, corretor de imóveis, prestou depoimento à PF de Piracicaba, no interior de São Paulo na manhã de domingo, e negou ter xingado o ministro ou mesmo que tenha presenciado a agressão ao filho de Moraes.


Fonte: g1

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