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terça-feira, julho 18, 2023

Bastidores de uma arremetida em Congonhas: vídeo viraliza ao mostrar reação calma de pilotos durante manobra


Um vídeo que viralizou nesta semana mostra os bastidores de uma arremetida no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.


A arremetida é um procedimento seguro e normal em que os pilotos abortam um pouso previsto pouco antes da aterrissagem —embora possa causar medo em passageiros pela mudança brusca de direção. Entre os motivos mais comuns estão questões climáticas (como chuva forte ou vento forte) ou operacionais (quando outro avião ainda não livrou a pista, por exemplo). Os pilotos então cancelam o pouso e tentam fazê-lo novamente.


Embora tenha circulado por aplicativos de mensagem nesta semana, a tentativa de pouso ocorreu há dois anos, segundo a Azul —ou seja, não tem a ver com o ciclone extratropical que atingiu São Paulo e causou arremetidas em Congonhas na semana passada. Foi com um Airbus A320 Neo da companhia, prefixo PR-YRR. A empresa não informou de onde vinha a aeronave na ocasião nem o número do voo.


Em tom tranquilo, o comandante, à esquerda do vídeo, orienta o copiloto de que, em caso de pista molhada, a aeronave arremeteria. Observa ainda a existência de vento de cauda, que sopra na direção do avião e aumenta a velocidade em relação ao solo.


A aeronave então se aproxima da pista de Congonhas mais alta do que deveria , depois do ponto onde normalmente deve encostar no solo. A cinco pés do chão (pouco mais de um metro e meio de altura), um alarme dispara: "Runaway too short" (pista muito curta). Significa que não haveria pista disponível para o avião parar caso quisesse pousar.


O alarme é chamado de Runway Overrun Prevention System (Rops na sigla em inglês, ou sistema de prevenção de ultrapassagem de pista) e está disponível em alguns Airbus A320 Neo, como o da Azul.



O comandante então determina o "Toga", sigla em inglês para "decole e dê a volta", manobra em que a tripulação aplica potência máxima nos motores para permitir subida rápida. Por fim, orienta o copiloto a reportar vento de cauda ao controle de tráfego aéreo de Congonhas.


Questionada a respeito, a Azul informou que o piloto agiu corretamente e que a arremetida é um procedimento padrão e prevista na aviação.


O que diz a Azul

"A Azul informa que o vídeo em questão é de dois anos atrás, em um pouso realizado no Aeroporto de Congonhas, que mostra um procedimento padrão e previsto na aviação, que é a arremetida precedida por um aviso do sistema que calcula se o comprimento da pista disponível é suficiente ou não para a parada da aeronave. Caso a distância calculada não seja a ideal, o sistema emite sinais sonoros e visuais para que a Tripulação prossiga com o procedimento de segurança, que é o valor número 1 da companhia. A Azul esclarece também que o Comandante seguiu corretamente as instruções optando pela arremetida".


Fonte: g1

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