A governadora Raquel Lyra (PSDB) decretou situação de emergência em saúde pública devido à superlotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica em Pernambuco.
De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, o problema ocorre devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), causados por vírus.
O g1 teve acesso aos dados da Central de Regulação de Leitos do estado. Nesta quarta-feira (21), no início da tarde, havia 85 bebês e crianças esperando por uma vaga de UTI na rede pública de Pernambuco.
Neste ano, foram registrados mais de 2 mil casos de Srag entre menores de 10 anos, com mais de 30 mortes confirmadas.
A emergência em saúde pública é válida por 90 dias, mas pode ser prorrogada, se for necessário. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial, na terça-feira (20), e entrou em vigor imediatamente.
A medida autoriza a adoção de "medidas urgentes voltadas à prevenção, controle e ampliação da rede de atenção à saúde infantil", mas não especifica quais são essas ações.
O que diz a SES
Em nota enviada ao g1, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que o decreto de estado de emergência é válido, inicialmente, por 90 dias. Ainda segundo a SES, 87 crianças ou bebês aguardam por leitos de UTI.
A secretaria informa ainda que a rede de leitos de terapia intensiva estadual conta com 219 unidades pediátricas e 111 neonatais.
O texto diz ainda que, de abril a junho, foram abertos 90 novos leitos de UTI no estado, da seguinte forma:
70 leitos pediátricos;
10 leitos pediátricos cardiológicos;
10 leitos neonatais.
A nota da SES finaliza ressaltando a importância da vacinação contra a Covid-19 e Influenza, cuja campanha foi prorrogada até o dia 30 de junho, e orienta a população sobre cuidados com as crianças, bebês e recém-nascidos:
Evitar levar a criança a locais fechados e com aglomerações;
Manter o cartão de vacinação atualizado;
Evitar a circulação das crianças em escolas e creches quando apresentarem sintomas de gripe;
Manter os hábitos de higiene, como lavar as mãos.
Fonte: g1
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