O aluno-soldado da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), que matou a ex-esposa Vanessa Camargo e o advogado dela, Henrique Bueno Paquete, não aceitava a separação e contestava a paternidade do filho da vítima, segundo o delegado da Polícia Civil (PC-PR), Eduardo Kruger.
Luan Lucas Cardoso foi à clínica de saúde em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), para realizar um exame de paternidade junto com a ex-esposa, acompanhada do advogado, na manhã de terça-feira (20). No local, atirou contra as vítimas e depois cometeu suicídio.
"Ele teve um relacionamento com a vítima e não aceitava separação e também contestava a paternidade do filho dela. Na clínica, ele queria tocar na criança, colocar a meia e a vítima falou que não era pra ele tocar na criança", disse.
A criança tem um mês de vida, estava acompanhada da mãe, a ex-esposa do aluno-soldado, e caiu do colo da mãe no momento do disparo. Ela foi levada para hospital.
Henrique Bueno Paquete era filho do ex-presidente da OAB Lapa, Kival Della Bianca Paquete Junior.
Medida protetiva
Segundo a polícia, Vanessa e Luan ficaram juntos por 9 meses. Depois, ela pediu medida protetiva contra Luan por conta de ameaças e agressões físicas e verbais.
De acordo com o delegado, a vítima não comunicou à polícia que Luan estava descumprindo as medidas protetivas.
"Foi comunicado por familiares que ele descumpriu as medidas outras vezes", contou.
O que diz a PM-PR
Em nota, a PM-PR lamentou o ocorrido e informou que está colaborando com as investigações.
"Neste momento, o objetivo da corporação é dar o amparo às famílias envolvidas nesta tragédia, e colaborar de todas as maneiras com as investigações a respeito do fato", diz a nota.
OAB Paraná lamenta o caso
A OAB Paraná também lamentou e repudiou o caso. Pela morte do advogado, a instituição decretou luto oficial de três dias. Representantes das prerrogativas profissionais da advocacia foram ao local para acompanhar o início das investigações.
"A OAB Paraná manifesta seu mais profundo pesar e se solidariza com os pais e demais familiares das vítimas, e também com amigos e colegas de profissão."
Fonte: g1
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