Dois fatores impediram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de anunciar nesta segunda-feira (19) a ida do deputado Celso Sabino (União-PA) para o Ministério do Turismo.
A interlocutores, o presidente afirma esperar que Daniela Carneiro, atual ministra da pasta, peça demissão do cargo em vez de ser demitida.
O segundo motivo é que Lula também quer fazer uma sinalização positiva ao União Brasil e se reunir com o presidente do partido, Luciano Bivar, o líder da legenda na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), e o senador Davi Alcolumbre (AP), um dos grandes articuladores da sigla.
Alcolumbre é visto como a principal "ponte" do partido com o governo. Logo após essa reunião, esperada para a próxima semana, a expectativa é de que o nome de Sabino seja oficializado pelo Planalto.
Daniela é do União Brasil, mas tenta migrar para o Republicanos. O União, partido que o governo busca atrair para a base, alega que não se sente representado por ela na Esplanada.
Em entrevista ao Conexão GloboNews nesta segunda, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, confirmou que o presidente Lula só vai definir sobre a possível troca no comando do Ministério do Turismo após a viagem que fará à Europa nesta semana. Lula volta ao Brasil no sábado (24).
A substituição da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pelo deputado Celso Sabino (PA) é uma cobrança do União Brasil, partido do qual Daniela está se desligando e ao qual Sabino é filiado.
No fim de semana, Sabino teve uma conversa reservada com Lula depois de uma agenda do presidente no Pará. Foi a primeira vez que os dois tiveram um contato mais próximo. O deputado deu de presente para o presidente uma camisa do time paraense Remo.
Nos bastidores, o presidente Lula tem dito a aliados que se sentiu constrangido com os movimentos do prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), marido de Daniela, pela permanência dela no cargo.
Próximos passos
Os próximos passos da reforma ministerial serão pontuais. Mudanças na Embratur, sob a alça do Turismo, e no Ministério da Saúde estão em vista.
Tudo será feito de forma a aumentar a participação do Congresso na Esplanada e, assim, garantir mais apoio ao governo em votações.
Sobre Ministério da Saúde, quando for a hora, a ideia é fazer um consórcio juntando PP, União Brasil, Republicanos e parte do PSDB. Esse grupo soma cerca de 150 deputados e indicaria o próximo ministro.
Eles devem sugerir não um nome político, e sim alguém sem filiação partidária -- mas que atenda às demandas das siglas.
Fonte: Blog da Julia Duailibi
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