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domingo, junho 18, 2023

Ex-assessor de Bolsonaro subiu na cúpula do Congresso no 8 de janeiro: 'Estou no meio da muvuca'

O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Luís Marcos dos Reis participou dos atos golpistas de 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso na data. É o que revela um relatório da Polícia Federal ao qual o blog teve acesso nesta sexta-feira (16).


Atos golpistas — Foto: JN


O sargento do Exército Luís Marcos dos Reis fazia parte da equipe do tenente-coronel Mauro Cid na Ajudância de Ordens de Bolsonaro. Ele também foi um dos presos na operação da PF contra fraude em cartões de vacina do ex-presidente e ajudantes, em maio.


A PF concluiu que o sargento participou dos atos golpistas, do acampamento no Quartel-General do Exército em Brasília, e de trocas de mensagens incentivando a "tomada de poder pelas Forças Armadas". No celular do militar, os policiais encontraram registros dele no 8 de janeiro.



Após enviar vídeos em cima da cúpula do Congresso a um primo, pouco antes das 18h30, Luís Marcos dos Reis escreveu:


"Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar!".

Em seguida, o sargento enviou um áudio, na mesma troca de mensagens, que dizia: "Entraram no Planalto, no Congresso, Câmara dos Deputados, entrou no STF. E quebrou, arrancou as togas lá daqueles ladrão (sic). Arrancou tudo! Foi, foi. O bicho pegou hoje aqui!".


Mais tarde, por volta de 20h, Luís Marcos dos Reis disse que já estava em casa e que trabalharia cedo no dia seguinte, mas que "o recado foi dado".


Grupo de militares defendia golpe


O relatório da PF também traz informações obtidas no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo os investigadores, ele participava de um grupo que defendia manifestações antidemocráticas e golpe de Estado, e que tinha, entre os participantes, militares da ativa.


Um dos participantes afirmou, em 21 de dezembro do ano passado: "Se o Bolsonaro acionar o 142 [artigo da Constituição que regulamenta a atuação das Forças Armadas], não haverá general que segure as tropas. Ou participa ou pede para sair!!!".


Os participantes também criticavam o comando das Forças e faziam alusão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Vai ter careca arrastado por blindado em Brasília?", dizia uma das mensagens enviadas no grupo.


Fonte: g1

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