Mato Grosso do Sul e Minas Gerais são responsáveis, respectivamente, pelos dois maiores números de crianças e adolescentes encontrados em situação de trabalho infantil neste ano, segundo o Ministério do Trabalho. No Mato Grosso do Sul, foram 124 casos. Em Minas Gerais, 54.
As ações fiscais foram intensificadas em alusão ao 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, e ao menos 345 casos já foram identificados em todo o território nacional só em 2023. Os dados são preliminares e são apurados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).
Outras sete unidades federativas registraram crianças e adolescentes no trabalho infantil desde janeiro:
Espírito Santo: 39 adolescentes
Pernambuco: 32 adolescentes
Rio de Janeiro: 28 adolescentes
Roraima: 23 adolescentes
Ceará: 19 adolescentes
Alagoas: 19 crianças e adolescentes
Goiás: 12 adolescentes
Os menores tinham entre 8 e 17 anos no momento do resgate e alguns deles foram encontrados em atividades elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, estabelecida por decreto em 2008.
Segundo o auditor-fiscal do trabalho Maurício Krepsky, historicamente, a maioria dos trabalhos executados por crianças e adolescentes se enquadram na lista. "Não são permitidos sequer para adultos", sublinha.
A lista inclui funções que geram graves riscos e repercussões à saúde, como venda de bebidas alcoólicas, coleta de lixo, comércio ambulante em locais públicos e atuação na construção civil, em lava jatos e oficinas mecânicas.
No Brasil, o trabalho infantil é proibido. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estabelece que adolescentes de 14 a 17 só podem ser contratados como jovens aprendizes.
Fonte: g1
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