Páginas

segunda-feira, maio 01, 2023

PF recebe mapeamento usado por Anderson Torres para operação no 2º turno das eleições

A Polícia Federal (PF) recebeu as planilhas de votação usadas por Anderson Torres, titular da pasta no governo Bolsonaro (PL), para atuar contra a movimentação de eleitores no 2º turno das eleições de 2022, vencidas por Lula (PT).


O blog teve acesso às planilhas, que foram confirmadas por investigadores. Elas mostram relações de cidades e as votações de Lula e Bolsonaro no primeiro turno.


Investigadores da PF confirmaram ao blog que esses documentos são partes do inquérito, que corre sob sigilo.


Planilhas mostram relações de cidades e as votações de Lula e Bolsonaro no 1º turno em 2022 — Foto: Reprodução


A defesa dos alvos quer usar as tabelas para alegar que foi feito um levantamento de ambos os candidatos. Na PF, a avalição de investigadores é de que essa planilha confirma que foi feita a pesquisa para saber onde os candidatos obtiveram melhor votação e, com isso, direcionaram a atuação da PRF.


Como o blog mostrou, Anderson Torres usou esses documentos para mobilizar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para operações que dificultaram a movimentação de eleitores, especialmente no Nordeste, onde Lula tinha larga vantagem sobre Bolsonaro.


O então ministro da Justiça Anderson Torres e Bolsonaro em foto de 27 de junho de 2022 — Foto: EVARISTO SA / AFP


As planilhas foram elaboradas por Clebson Ferreira de Paula Vieira a pedido de Marília Alencar, então diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar.



À PF, Marília disse que o levantamento foi encomendado pelo próprio Anderson Torres para, segundo ela, avaliar se havia indícios de compra de voto no pleito, e que considerou um "absurdo" e ficou "surpresa" com as informações de que a Polícia Rodoviária Federal estava parando eleitores no dia do segundo turno das eleições.


Planilhas mostram relações de cidades e as votações de Lula e Bolsonaro no 1º turno em 2022 — Foto: Reprodução


Autor deu acesso a celular e dados de e-mail

A PF ouviu Clebson Vieira em 12 de fevereiro. No dia seguinte, segundo documentos obtidos pelo blog, ele procurou a PF para informar que tinha encontrado outros documentos que poderiam ser de interesse da investigação, armazenados na nuvem.



Além desses dados, os investigadores tiveram acesso as mensagens de WhatsApp do celular do servidor.


Segundo o blog apurou, a PF quer ouvir os delegados da PF Alfredo Carrijo, Tomas Vianna e Fernando Oliveira.


Fonte: Blog da Andréia Sadi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!