A mulher que teve 95% do corpo queimado com gasolina e fogo no município de Campo Grande, no interior do Rio Grande do Norte, morreu após cerca de uma semana internada no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
Maria da Conceição da Silva tinha 49 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da unidade de saúde e pela sobrinda da vítima, Francisca Alves.
O principal suspeito de ter ateado fogo nela é o marido, que se entregou à polícia na quarta-feira (3) e foi preso. Ele se manteve em silêncio e não prestou depoimento.
Por conta da morte da mulher, ele - que tem 65 anos - será indiciado por feminicídio e não mais por tentativa de feminicídio, segundo a Polícia Civil. A casa onde os dois moravam também foi incendiada.
A sobrinha Francisca Alves foi avisada pelo hospital na tarde desta sexta. Ela vai viajar para Mossoró, onde a tia estava internada, e vai providenciar o enterro, que ocorrerá na cidade de Messias Targino.
"A gente tinha um sentimento de esperança [dela sobreviver]...Foi uma coisa muito cruel. A gente está devastado. Ela não merecia", lamentou Francisca.
Na última segunda-feira (1º), o delegado responsável pelo caso, Gabriel Napoli, disse que uma testemunha confirmou que o homem teria ateado fogo na vítima.
Na residência onde o caso aconteceu, os investigadores encontraram uma garrafa vazia com vestígios de material inflamável. A equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) colheu objetos para investigação.
O caso
A mulher foi internada no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, no dia 28 de abril. Após ter o corpo queimado, a própria mulher teria ligado para o hospital de Campo Grande e foi encontrada próximo a um açude, no Sítio Maravilha. A casa onde morava foi tomada pelo fogo.
Segundo funcionários do hospital Tarcísio Maia, ao dar entrada na unidade, a vítima relatou aos profissionais que foi atacada com gasolina e fogo pelo companheiro dela.
No entanto, enteadas da mulher deram outra versão e acreditam que um curto-circuito provocou uma explosão, por causa do combustível que havia armazenado na casa da vítima para ligar um motor.
Uma testemunha foi ouvida pelo delegado, mas "algumas informações não podem ser divulgadas porque as diligências estão em curso, para não atrapalhar as investigações".
Fonte: g1
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