O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou, nesta quinta-feira (11), dois acusados de armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro do ano passado, a cumprir pena em regime fechado.
George Washington de Oliveira Sousa foi condenado 9 anos e 4 meses de reclusão;
Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado 5 anos e 4 meses de reclusão.
Além das penas, Alan Rodrigues foi condenado a pagar multa de R$ 6.464 e George Sousa, de R$ 11.312 para o Fundo Penitenciário Nacional. A multa deve ser paga em até dez dias depois do trânsito em julgado da ação, ou seja, quando não há mais possibilidade de recurso. Também há previsão de parcelamento do pagamento.
O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani, responsável pela decisão, manteve a prisão preventiva dos acusados. O g1 tenta falar com a defesa dos presos.
Quem são os presos
De acordo com a Polícia Civil do DF, que conduziu a investigação, George Washington de Oliveira Sousa veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso ainda em 24 de dezembro, dia da tentativa de explosão.
A TV Globo flagrou, em imagens exclusivas, o momento em que o homem chegou à 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul (vídeo acima).
O homem foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do Distrito Federal, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. De acordo com a polícia, depois de montar o artefato, o suspeito entregou o objeto para uma outra pessoa que ficou responsável por levar o dispositivo até a região do Aeroporto JK.
Alan Diego dos Santos Rodrigues, o outro condenado, confessou à Polícia Civil, no dia 19 de janeiro, que recebeu a bomba implantada no veículo, perto do aeroporto, no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército.
Alan chegou a ser considerado foragido da Justiça após o crime. Mas se entregou à polícia na delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, no dia 17 de janeiro.
A investigação
A investigação apontou que o plano foi feito no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por onde passaram bolsonaristas radicais com ideias golpistas. A ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.
De última hora, a decisão mudou, e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. O motorista do caminhão percebeu que havia um "objeto estranho" no caminhão e chamou a Polícia Militar.
A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto.
Fonte: g1
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