Integrantes da CPI do MST viajarão na segunda-feira (26) a Presidente Prudente (SP) para uma reunião no Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) e visitas à zona rural do Pontal do Paranapanema.
Às 8h, está marcada uma reunião com um delegado do órgão, vinculado à Polícia Civil de São Paulo. Na sequência, os parlamentares farão diligências na área rural, em local que ainda será definido.
O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), afirmou que o objetivo é analisar “os casos todos de invasão de propriedade no Pontal do Paranapanema sob a investigação do delegado titular do Deinter”.
A comitiva contará com parlamentares da base do governo e da oposição, estes ligados à bancada ruralista e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Confirmaram presença:
Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da comissão;
Ricardo Salles (PL-SP), relator;
Capitão Alden (PL-BA);
Caroline de Toni (PL-SC);
Magda Mofatto (PL-GO);
Messias Donato (Republicanos-ES);
Nilto Tatto (PT-SP);
Rodolfo Nogueira (PL-MS).
Além deles, comporão a comitiva um assessor da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e um consultor da Câmara.
Arbitrariedades
Os deputados da base governista na CPI reclamam da falta de previsibilidade da agenda de visitas. O relator disse que pretende ir até estados em que ocorreram ocupações do MST nos últimos meses, mas não fechou o cronograma de viagens.
Ficou acertado que o local da diligência será informado aos integrantes da CPI com 72 horas de antecedência. A proposta foi do deputado Valmir Assunção (PT-BA).
O prazo foi considerado insuficiente por alguns deputados da base aliada ao governo, como a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
“Nós contestamos isso, porque é pouco tempo para gente poder se organizar”.
CPI do MST
A CPI foi instalada em 17 de maio. O requerimento de criação foi protocolado pelo deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) e contou com o apoio de 172 parlamentares, a maioria do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A abertura da CPI do MST foi motivada por recentes ocupações que o movimento fez.
No período entre janeiro e 23 de abril de 2023, o MST realizou 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que supera o total de ações em cada um dos últimos 5 anos.
Apesar da maioria das ações já ter sido desmobilizada após negociações com o governo federal, defensores da CPI querem apurar o que chamam de “real propósito” do movimento e de seus financiadores.
A base governista afirma que o objetivo da comissão é criminalizar o MST, tirar o foco dos atos golpistas de 8 de janeiro e servir de palanque político a deputados bolsonaristas que perderam as eleições em 2022, com a derrota do ex-presidente.
Fonte: g1
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