O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Polícia Federal nesta terça-feira (16) no inquérito que apura a emissão fraudulenta de cartões de vacinação contra a Covid-19 complica a situação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante o governo.
Por quase 3 horas de depoimento, Bolsonaro negou ter qualquer conhecimento no suposto esquema de adulteração dos certificados de vacinação em nome do próprio ex-presidente e da filha dele, além de Cid e familiares.
Bolsonaro disse não ter determinado a inserção dos supostos dados falsos de vacinação. Respondeu à PF que não tem "conhecimento sobre a participação de Mauro Cid nas inserções de dados falsos em seu nome".
Embora não tenha apontado o dedo diretamente a Cid, o ex-presidente joga na conta do então ajudante de ordens a responsabilidade pela gestão do acesso ao aplicativo ConecteSUS, no qual é possível emitir e certificar as vacinações contra a Covid.
"[Indagado se Cid] administrava a conta do declarante no aplicativo ConecteSUS do Ministério da Saúde até a data de 22/12/2022, respondeu que sim, que toda a gestão pessoal do declarante ficava a cargo do ex-ajudante de ordem Mauro Cid", diz trecho do depoimento.
Mesmo com todo cuidado para não jogar culpa em Mauro Cid, Bolsonaro aumenta a pressão no ajudante de ordens, que deve depor na próxima quinta (17).
Fonte: Blog do Camarotti
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