A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta terça-feira (2) um procedimento preliminar de inquérito contra Google e Meta por suposto "abuso de posição dominante" na discussão sobre o projeto das fake news.
O Cade é ligado ao Ministério da Justiça. O procedimento preliminar tem o objetivo de apurar a postura das duas empresas sobre a tramitação do texto de combate à desinformação e ao discurso de ódio nas redes.
O Cade se baseou em denúncias de que Google e Meta (que controla o Facebook) estariam utilizando indevidamente as redes sociais para fazer campanha contra o projeto.
"O Cade está atento e buscando combater infrações à ordem econômica em mercados digitais", registou o órgão em nota.
Ao final das investigações, as empresas podem recebem sanções como multas.
Ao longo dos últimos dias, e até o início da tarde desta terça, a página inicial do Google exibia a mensagem: "O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil".
Clicando no texto, o usuário era levado a um artigo do dia 27 de abril contra o projeto de lei. O texto não informa o interesse do Google no tema. Nesse artigo, há link para um outro, chamado "Como o PL 2.630 pode piorar a sua internet".
Mais cedo, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), também ligada ao Ministério da Justiça, mandou o Google declarar como "publicidade" os conteúdos produzidos e veiculados pela empresa com críticas ao projeto de lei das fake news.
Fonte: g1
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