Na quinta-feira (30), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para informar que vai entregar ao órgão um conjunto de joias recebido pelo ex-presidente em 2019, em viagem feita ao Catar e à Arábia Saudita.
Este conjunto foi recebido em mãos pelo próprio Bolsonaro. O estojo inclui um relógio da marca Rolex, uma caneta, abotoaduras e outros itens em ouro e brilhantes. O pacote, estimado em pelo menos R$ 500 mil, ficou guardado em uma fazenda do ex-piloto Nelson Piquet, em Brasília.
Em petição direcionada ao ministro Augusto Nardes, a defesa do ex-presidente afirmou que esse novo conjunto de joias, cuja existência foi revelada pela imprensa, não eram objeto da representação original do TCU, que versava sobre joias recebidas por comitiva que foi à Arábia Saudita em 2021.
Em 2021, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e outros representantes do governo federal desembarcaram no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com dois presentes dados pelos sauditas. Um dos pacotes foi retido pela Polícia Federal e o outro foi levado ao ministério.
A defesa diz ser “descabido” tratar a questão das joias de 2019 “como se houvesse por parte do peticionário alguma tentativa maliciosa de escamotear determinados bens”, já que elas não eram alvo de apuração pelo TCU.
Na petição, os representantes de Bolsonaro também pedem que o TCU “verifique se há mais algum item que entende que deva ser depositado para que se evite confusão, celeuma ou qualquer tipo de dúvida” sobre a intenção do ex-presidente de esclarecer o status legal das joias.
Fonte: Júlia Duailibi
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