A Secretaria Estadual de Educação (Seec) lamentou nesta quarta-feira (29), em nota oficial, a decisão dos professores de manter a greve na rede estadual de ensino que foi iniciada em 7 de março.
A categoria rejeitou proposta apresentada pelo Governo do Estado para reajuste salarial de 14,95% e decidiu manter a paralisação durante assembleia nesta quarta-feira. De acordo com a Seec, a adesão à greve é de 35%.
A pasta enfatiza que está à procura de “um caminho que garanta a aplicação aliada com a manutenção da normalidade nas contas públicas do Estado”.
Por fim, a Secretaria de Educação diz aguardar que a categoria apresente uma nova contraproposta, “pautada na realidade e sobretudo no direito dos filhos e filhas da classe trabalhadora do acesso e permanência na escola pública”.
Na última terça-feira (28), a governadora Fátima Bezerra (PT) se reuniu com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte-RN). Foi a 1ª reunião entre a categoria e a governadora desde que os professores entraram em greve.
Durante a reunião, Fátima apresentou uma nova proposta para pagamento do reajuste salarial de 14,95% ao qual a categoria tem direito.
A governadora propôs pagar o reajuste de maneira fracionada ao longo de 2023. A primeira parcela, de 7,21%, seria paga em maio; depois 3,61% em novembro; e 3,49% em dezembro. O aumento integral só seria pago em abril para quem ganha abaixo do novo piso (R$ 4.420,55), de modo que o reajuste equipare o salário a este valor, para que ninguém receba menos que isso.
Quanto ao retroativo, a proposta segue sendo pagar em oito parcelas ao longo de 2024.
Os professores da rede estadual cobram reajuste salarial integral de 14,95%.
A implantação do reajuste salarial integral de 14,95% para os professores, somada ao pagamento do retroativo do reajuste de 2022, gerariam para a folha de pagamentos do Governo do Estado um impacto financeiro de R$ 894 milhões neste ano, segundo projeção divulgada pela Secretaria Estadual de Planejamento e Finanças.
Fonte: 98 FM
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