Mais de 250 estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizam paralisação a partir desta segunda-feira (13), às 14h, na sede da Reitoria, com o objetivo de reivindicar o reajuste nas bolsas asseguradas pelo Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e por recursos internos da UFRN. Atualmente, o valor recebido pelos bolsistas é de R$ 400 e não tem atualização desde 2012.
O movimento ocorre após os recentes reajustes nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo Governo Federal. A medida contemplou estudantes enquadrados em categorias como pós-graduação, iniciação científica, iniciação científica júnior e iniciação tecnológica.
Os estudantes assegurados pelo PNAES e o orçamento da UFRN, por outro lado, não tiveram suas bolsas ampliadas. Segundo o estudante de psicologia Thiago Ferreira, coordenador do Movimento de Bolsistas da UFRN, a assistência contribui tanto para assegurar a permanência dos estudantes prioritários na Universidade quanto para a manutenção do funcionamento da Instituição.
“As bolsas de apoio técnico, por exemplo, mantêm o funcionamento de setores administrativos, TV Universitária, Rádio e entre outros departamentos. Contudo, estão com seus valores defasados e não temos respostas concretas sobre essa atualização”, destaca o estudante.
Conforme mostra reportagem publicada pela TRIBUNA DO NORTE, a UFRN iniciou o ano letivo com um orçamento de custeio de R$ 89,5 milhões e uma dívida de aproximadamente R$ 11 milhões com fornecedores. O orçamento para manter a instituição funcionando é 12,3% menor quando comparado ao do ano passado – cerca de R$ 12,6 milhões a menos. Para assistência estudantil, a verba passou de R$ 30,5 milhões para R$ 29,5 milhões.
Em entrevista à reportagem, o reitor da instituição, José Daniel Diniz Melo, assegurou que o reajuste das bolsas depende da resposta do Ministério da Educação (MEC) sobre a liberação de 1,75 bilhões para as instituições de ensino. O valor foi solicitado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em reunião com o Mec, e deverá ser repartido entre entre os orçamentos de custeio e de assistência estudantil das instituições.
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