O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quarta-feira (8), em discurso que marca um mês dos ataques às sedes dos três Poderes por bolsonaristas golpistas, que as consequências a quem depredou o patrimônio público serão "severas".
"A violência dessa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro, nem a vontade do povo brasileiro. Esse episódio deplorável não será esquecido e produzirá consequências severas aos responsáveis", afirmou.
Pacheco disse ainda que "as instituições brasileiras não se eximirão de investigar e punir exemplarmente todos os criminosos envolvidos".
Assim como quando foi reeleito para a Presidência do Senado, em 1º de fevereiro, Pacheco declarou que "nossa democracia está de pé, e sai ainda mais forte desse lamentável acontecimento".
Ele atribuiu a autoria dos crimes a uma "minoria inconformada com o resultado eleitoral tentou tomar de assalto os Poderes da República".
Ainda segundo Pacheco, a segurança no Senado foi reforçada, com o aumento do número de detectores de metal nos acessos aos prédios. Além disso, ele informou que a capacitação da polícia legislativa vem sendo reforçada para coibir e conter outras tentativas.
Pacheco também disse que o Senado já enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) representações contra 39 invasores identificados pela Casa.
A PGR encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) esse pacote de denúncias. A Procuradoria pede o bloqueio de bens dos golpistas, no valor total de R$ 40 milhões, com o objetivo de reparar os danos, e a perda dos cargos de servidores públicos que praticaram vandalismo.
Entre os crimes denunciados estão golpe de estado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.
Na sexta (3), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra um policial legislativo do Senado suspeito de ajudar os golpistas envolvidos nos atos de terrorismo.
O agente já foi denunciado ao Supremo pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR. O coordenador do grupo, Carlos Frederico Santos, pediu que o policial seja afastado da função durante as investigações.
As redes sociais dele ainda estão ativas. Ele fez postagens recentes com críticas a Pacheco e ao STF. As publicações defendem o não reconhecimento do resultado das eleições presidenciais.
Fonte: g1
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