Uma professora foi esfaqueada e morta pelo ex-namorado na manhã do último sábado (4), em uma comunidade na região do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo. Ele está foragido.
O crime teria ocorrido na frente do filho da vítima, um menino 12 anos, que estava na casa com a mãe.
Segundo a sobrinha de Ana Rita Araújo, o ex-companheiro, o chef de cozinha venezuelano Yordan Eduardo Comanares Sosa não aceitava o fim da relação.
O caso foi registrado como feminicídio pelo 27º Distrito Policial de Campo Belo. No final de semana, outros casos de feminicídio foram registrados em São Paulo.
Uma mulher foi vítima de feminicídio a cada dois dias no estado de São Paulo no último ano. Foram 187 mortes em 2022, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam que o número de feminicídios foi recorde em 2022, se comparado à base histórica iniciada em 2015, quando a lei do feminicídio foi sancionada. O segundo semestre, marcado pelas eleições e a Copa do Mundo, impulsionou o número de feminicídios do ano passado.
O velório de Ana Rita Araújo ocorreu em São Paulo neste domingo (5). Após a cerimônia, o corpo foi encaminhado para São Luís do Maranhão, onde ocorreu o enterro na tarde desta segunda-feira (6).
O caso
A sobrinha da vítima, Ariadne Héricka, de 20 anos, disse que mora na casa embaixo de onde a tia vivia.
Em entrevista à TV Globo, Ariadne contou que por volta das 6h do último sábado (4) ouviu gritos de seu primo, filho da vítima.
Segundo a sobrinha, ao chegar na casa da tia, ela se deparou com o ex-namorado de Ana Rita Araújo, que estava com uma faca na mão.
Ariadne afirma que ter visto que a tia estava com sangramentos e tinha ferimentos nas costas, peito, braços e nádegas. Ela então acionou a emergência, que socorreu a vítima. A sobrinha ainda conta que tentou ir atrás do agressor, mas ele teria conseguido fugir.
Ana Rita foi socorrida pela emergência e levada ao Hospital Dr Arthur Ribeiro Saboya, mas não resistiu.
"Tentei correr atrás dele, mas ele conseguiu fugir", contou.
Em depoimento à polícia, a sobrinha afirma que mesmo após o fim da relação, Yordan Eduardo frequentava a casa de Ana Rita, que deixava apenas que ele utilizasse a máquina de lavar roupas na área comum. Ele tentava reconciliação, mas a vítima não aceitava e pedia que não retornasse à casa dela.
Nota da SSP
Em nota, a Secretária de Segurança Pública informou que a o caso é investigado pela Polícia Cívil por meio de inquérito policial pelo 27º DP.
A pasta ainda disse que prisão temporária do autor foi solicitada e que são realizadas diligências para localizá-lo.
Fonte: g1
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