A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira (8) que retirou de circulação mais de 1,4 milhão de aparelhos de TV Box, popularmente chamados de "gatonet". O valor estimado desses aparelhos apreendidos soma quase R$ 400 milhões.
A ação contra a pirataria faz parte do Plano de Combate ao Uso de Decodificadores Clandestinos da agência e visa coibir o uso de TVs Box não homologadas, ou seja, que não possuem certificado de conformidade de uso seguro.
A fiscalização observou a oferta desse tipo de produto pirata na internet e em feiras populares. De acordo com a Anatel, há cerca de 5 milhões a 7 milhões desses aparelhos no país.
Prejuízo bilionário e risco ao usuário
A TV Box é um dispositivo conectado à internet que, de forma pirata, dá acesso a filmes, séries ou canais de televisão.
Associação Brasileira de Televisão por Assinatura estima que, por ano, o impacto da pirataria custe R$ 15 bilhões por ano.
Em 2022, a Anatel já havia emitido alerta do uso desses equipamentos ilegais e constatou presença de malware (uma espécie de vírus) que é capaz de capturar dados dos usuários como registros financeiros, arquivos e fotos.
"Existe risco à segurança do usuário. Não apenas rouba os dados do usuário da TV Box, qualquer aparelho ligado ao roteador que está ligado à TV Box pode ter seus dados roubados. Uma rede de robôs podem usar a TV Box para fazer ataques. São ataques que tentam indisponibilizar um serviço", afirmou Hermano Tercius, superintendente de Fiscalização da Anatel.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que adquirir o produto ilegal é como levar o "inimigo" para dentro de casa.
"Você está colocando um inimigo dentro de casa. Então, se você conecta no Wi-Fi da casa e seu celular também, ele [a pessoa que vendeu a TV Box] tem como roubar. Tudo que você faz no seu celular, uma pessoa está olhando. Esses equipamentos podem ser controlados por terceiros", alertou.
Fonte: g1
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